Vou contar porque penso que tem interesse: primeiro, recebi uma música muito bela de Erik Satie que a Ana me enviou.
Tive curiosidade, quis saber mais sobre ele, e fui procurar na internet.
Cheguei ao “Grupo dos Seis”, encontrei Milhaud, Poulenc, Jean Cocteau, os únicos que conhecia.
Por outro lado, quando falei de Stevie Wonder e pus uma canção dele, um amigo disse-me que Burt Bacharach era o compositor dessa canção que interpretava muito bem.
Procurei Bacharach e gostei.
Assim fui, de descoberta atrás de descoberta.
Descobri ainda que Darius Milhaud fora professor de Bacharach, na América.
E que Dave Brubeck fora igualmente seu aluno...
imagem do concerto de Dave Brubeck para os soldados durante a Guerra
“Entre os estudantes de Milhaud inclui-se – além de Dave Brubeck- o compositor Burt Bacharach." (wikipedia)
Dizia-lhe Milhaud: “não te preocupes quando escreveres uma música que as pessoas recordem e vão assobiando na rua. Nunca te sintas derrotado por uma melodia.”
Depois quis saber ainda mais coisas de Milhaud. Lá vi o seu interesse pelo jazz, que vai desecantar "autêntico", numa rua de Harlem, no anos de 1922.
Tudo se cruzava, pois, nesta procura: Milhaud, o jazz, Brubeck, Bacarach, Satie, Cocteau, o Brasil...
Pensei que era bom falar-vos disto tudo... Trocar ideias, conhecimentos é um pouco a minha preocupação...
Aqui fica:
Estuda música no Conservatório de Paris, primeiro violino, depois composição.
Cedo, relaciona-se com o escritor Paul Claudel (que li
nda é a sua obra “L’annonce faîte à Marie”, ou o terrível “Tête d’Or”...).
Claudel era diplomata e quando é nomeado Ministro da Delegação Francesa ( posto equivalente ao nosso embaixador) e parte para o Rio de Janeiro, Milhaud acompanha-o como seu secretário.
No regresso a Paris, dois anos mais tarde, em 1918, entra no círculo cultural de Jean Cocteau e participa num grupo de compositores franceses intitulado Les Six (Les Six, ou Groupe dês Six (*).
As suas composições musicais são influenciadas pelo jazz e pelo uso da polytonality.
Um dia, enquanto vive na América, ouve tocar jazz
numa rua de Harlem, o que muito o vai impressionar e influenciar posteriormente o seu tipo de música.
No ano seguinte, compõe “A criação do Mundo”, partindo de uso de temas de jazz, incluindo um ballet - em seis cenas de dança seguidas.
Mais tarde, surge a composição “Saudades do Brasil” uma suite para piano gravada, em 1928, em Paris.
Nela recorda a música que ouvira de 1916 a 1918 durante a sua estadia no Brasil.
(*) "Les Six": Chefiado por Jean Cocteau e Erik Satie, foi um grupo de jovens compositores de avant-garde franceses que ficou célebre.
Reuniam-se em Paris entre 1917 e 1923.
Além destes dois, contava nomes como Darius Milhaud, Francis Poulenc, Arthur Hohegger e Germaine Taillefaire
Mais uma porta aberta para uma nova descoberta que desconhecia "Darius Milhaud" nesses quase 30 anos de musicalidade. Confesso que estou garimpando esse compositor e professor francês, um dos mais prolíficos do século XX. Namaste.
ResponderEliminarCinco bjs ao Falcão curioso que descobre tanta coisa boa e distribui bom gosto. Achei o máximo.
ResponderEliminarbjs - das cinco.
Não conhecia Darius Milhaud. Fico grata por este conhecimento. É divinal a sua música.
ResponderEliminarAprende-se sempre quando se passa por aqui.
Vivaaaa!
Beijinhos! :)))