E as crianças? Deixem-nas sonhar e brincar! "Let The Children Play!"
"E as crianças, Senhor! /Por que lhes dais tanta dor/por que padecem assim?", já se lamentava Augusto Gil...
Habituados às imagens de violência e de guerra e fome, de abusos, já estávamos e agora aparecem outras formas de "agressão" às crianças.
Longe vão os tempos do maravilhoso e terrível romance "David Copperfield" do grande Dickens, dos tempos da revolução industrial, que tão cruamente falava da infância dolorosa!...
E no entanto as crianças continuam a ser "empurradas" para uma vida adulta sem terem chegado a ter infância real...
Deixem as crianças brincar! Viver aventuras com os amigos! Mesmo andar à pancada...
Deixem-nas aborrecerem-se! Deixem-nas sonhar! Ou lerem histórias para crianças, com bonecos e fantasia...
Não as façam crescer como os frangos de aviário: à força!
Hoje combates há combates de luta-livre e meninas que imitam as mães e se maquilham como elas...
Onde está o tempo da infância?
No Reino Unido fazem furor os combates deluta livre entre miúdos de 8/9 anos. Treinados, enquadrados por adultos, agitam-se num ringue-jaula, de mãos nuas, e batem-se como grande, magoam-se e choram...como crianças.
"A luta entre as duas crianças, gravada em vídeo e colocada no site You Tube, ocorreu no dia 10 num clube social da localidade de Preston, na presença de 250 espectadores adultos.
"Crianças de oito anos que combateram sem capacete ou qualquer protecção, lutaram fechadas num ringue rodeado por grade metálica, a exemplo da modalidade conhecida como 'cagefighting' (luta em jaula)".
“Não é ilegal, mas está a anos-luz daquilo que se espera de uma sociedade como a britânica no século XXI. Há quem pague para verduas crianças de oito anos a lutarem dentro de uma jaula. Areportagem é da SkyNews.”
Dezenas de espectadores seguem o desafio, de olhos fixos, animam os lutadores em quem com certeza apostaram como nas corridas de cavalos, ou nas lutas de cães.
Ou nas lutas de galos: que barbaridade...
Por outro lado há as lolitas, as crianças-mulheres que hoje se vestem e se maquilham como as mães, que usam sapatos de salto alto a sério, feitos para o tamanho delas, e que já põem “botox” nos lábios para ficarem mais sexy.
Tudo o que aqui está escrito, já o pensei algumas vezes. E não é preciso ir para outros países, MJ. Quando vou levar a Ana à escola, vejo miúdas de 12/15 anos que se vestem como mulheres!! Nem aproveitam a adolescência. Acho que hoje em dia se passa de infância para adulto. Quanto a essas crianças mais novas, tenho pena por elas. Não sabem o que é subir a uma árvore, jogar ao berlinde, sujar-se na areia, coisas de infância. Hoje tudo quer ser adulto à força!!!
Não entendo como é que umas coisas são proibidas e a outras fecham os olhos. Aqui mesmo em Portugal, é proibido as crianças abandonarem a escola e ir trabalhar (a partir duma certa idade para mim é discutível) mas depois podem faltar dias e dias à escola para participarem em novelas, em concursos, em publicidades... Há qualquer coisa que não bate certo. As crianças hoje em dia não têm tempo para brincar livremente. Têm demasiadas actividades e o tempo todo ocupado com obrigações que os próprios às vezes detestam.
É triste, é mesmo triste. Já não basta os nossos filhos não poderem brincar na rua como nós o fizemos.Nós como pais termos de estar em constante alerta. Os miúdos rodeados de consolas e brinquedos em excesso e cada vez mais pais que estão ausentes e que alinham estupidamente nesta sociedade que obriga as nossas crianças a serem falsos adultos, e nem estrutura têm para isso. A fase que mais me assusta nos dias de hoje é a adolescência, a Carlota descreve bem, miúdas que se vestem e pintam e usam saltos altos como mulheres.Mas aquelas cabeças são de crianças.
Algumas escolas promovem o crescimento rápido de algumas crianças. Sou contra! As crianças devem se tornar autónomas naturalmente. Mas pedirem a uma criança de 4 ou 5 anos a serem responsáveis, é algo para mim um pouco estranho. E a magia acaba cedo. Eu acreditei no pai natal até aos 12 anos, não quero saber. Fui feliz em acreditar. Fico triste que existam crianças de 4 anos que digam que o pai natal não existe. Entre tantas outras coisas.
Tudo o que aqui está escrito, já o pensei algumas vezes.
ResponderEliminarE não é preciso ir para outros países, MJ.
Quando vou levar a Ana à escola, vejo miúdas de 12/15 anos que se vestem como mulheres!! Nem aproveitam a adolescência. Acho que hoje em dia se passa de infância para adulto.
Quanto a essas crianças mais novas, tenho pena por elas. Não sabem o que é subir a uma árvore, jogar ao berlinde, sujar-se na areia, coisas de infância.
Hoje tudo quer ser adulto à força!!!
Beijo
Não entendo como é que umas coisas são proibidas e a outras fecham os olhos.
ResponderEliminarAqui mesmo em Portugal, é proibido as crianças abandonarem a escola e ir trabalhar (a partir duma certa idade para mim é discutível) mas depois podem faltar dias e dias à escola para participarem em novelas, em concursos, em publicidades...
Há qualquer coisa que não bate certo.
As crianças hoje em dia não têm tempo para brincar livremente. Têm demasiadas actividades e o tempo todo ocupado com obrigações que os próprios às vezes detestam.
Um beijinho e bom fim-de-semana
Olá MJ Falcão,
ResponderEliminarÉ triste, é mesmo triste.
Já não basta os nossos filhos não poderem brincar na rua como nós o fizemos.Nós como pais termos de estar em constante alerta. Os miúdos rodeados de consolas e brinquedos em excesso e cada vez mais pais que estão ausentes e que alinham estupidamente nesta sociedade que obriga as nossas crianças a serem falsos adultos, e nem estrutura têm para isso.
A fase que mais me assusta nos dias de hoje é a adolescência, a Carlota descreve bem, miúdas que se vestem e pintam e usam saltos altos como mulheres.Mas aquelas cabeças são de crianças.
Algumas escolas promovem o crescimento rápido de algumas crianças. Sou contra! As crianças devem se tornar autónomas naturalmente. Mas pedirem a uma criança de 4 ou 5 anos a serem responsáveis, é algo para mim um pouco estranho. E a magia acaba cedo.
Eu acreditei no pai natal até aos 12 anos, não quero saber. Fui feliz em acreditar.
Fico triste que existam crianças de 4 anos que digam que o pai natal não existe. Entre tantas outras coisas.
Um beijinho
Blue