Livraria Férin, uma das mais antigas de Lisboa
Como vão as livrarias?
Encontrei um artigo muito optimista no Le Monde (18 de Maio).
Desculpem citar tanto os jornais francesse, mas, como fui professora de Francês, durante muitos anos, ficou-me o hábito de os ler e a mania de os "citar"...
Desculpem citar tanto os jornais francesse, mas, como fui professora de Francês, durante muitos anos, ficou-me o hábito de os ler e a mania de os "citar"...
página de Le Monde
Porque acho que é importante falar dos livros e das livrarias em todos os momentos!
Em tempos “ditos normais”, houve grande mudança, com a
chegada dos livros às grandes superfícies.
Bom? Mau? Pouco interessa ver o lado mau, o bom é saber que sempre que apareçam livros - seja onde for – isso é positivo!
Bom? Mau? Pouco interessa ver o lado mau, o bom é saber que sempre que apareçam livros - seja onde for – isso é positivo!
Livraria Lello, na Rua do Carmo em Lisboa
Claro que o ambiente não é o mesmo das livrarias tranquilas,
nem o “apoio” dado (quantas vezes “pessoalmente”) por gente conhecedora que não
precisava de computadores para ter a livraria “organizada”.
o calor humano da Livraria Lumière
Livros desarrumados, algures por aí...
Facebook: "Mon grenier est une forteresse imprenable"
Rossela Fumasoni "Mon Grenier"
Mas, voltando ao artigo, como vai a “saúde” das livrarias?
Leio:
“Abrir uma livraria nos dias de hoje, da “hora grega”, em que não se fala na Europa se não de crise, recessão, falências múltiplas?
Dar o salto quando os próprio sindicato dos livreiros em França afirma que esse sector da economia está ameaçado?
(...)
Teimar em abrir uma livraria, quando o grupo de leitores enfraquece a olhos vistos e o mundo das grandes livrarias parece desmoronar-se?
(...)
Teimar em abrir uma livraria, quando o grupo de leitores enfraquece a olhos vistos e o mundo das grandes livrarias parece desmoronar-se?
(...)
E a articulista conta como aumentou o número dos que se “arriscam” e se lançam nessa aventura, porque é mesmo uma “aventura"!
É preciso coragem, uma boa dose de vontade e uns pòzinhos de loucura e de sonho!
É preciso coragem, uma boa dose de vontade e uns pòzinhos de loucura e de sonho!
“São muito mais numerosos do que se pensa e menos loucos do
que se julga! (...)
Quando uma livraria “morre”, outra "nasce”. Por 230 que fecharam em França, há entre 200 e 300 que abriram..."
Quando uma livraria “morre”, outra "nasce”. Por 230 que fecharam em França, há entre 200 e 300 que abriram..."
Livraria Académica, no Porto, que faz 100 anos!
Resta o problema das rendas altíssimas (em Paris) e da escolha
obrigatória de bairros menos importantes.
Mas essa escolha nem sempre se revela negativa. Muitos jovens avançam e arrancam o “milagre” de uma livraria.
Mas essa escolha nem sempre se revela negativa. Muitos jovens avançam e arrancam o “milagre” de uma livraria.
"Temos de persistir. Se chegarmos ao terceiro ano, abertos, é muito bom; se passarmos o quinto, seremos uns reis!"
Entusiasmo, claro, não pode faltar! E prazer do que se faz tem muito que ver com o sucesso.
Olhando o que se passa em redor, noto que há uma grande “atracção”
pelos assuntos que se referem a livros,
bibliotecas, exposições.
Inclusivamente na internet, falando de blogues, encontramos imensos se dedicam à leitura, a "ensinar" a ler, ou aos livros.
Vendo as imagens do facebook, noto o mesmo fenómeno: livros e bibliotecas atraem o olhar e, atrás do olhar, vem o desejo e, com ele, o conhecimento e, logo, o livro!
Foi lá que fui buscar a maioria das imagens (magníficas, imaginativas, criativas!) que uso no post.
Vendo as imagens do facebook, noto o mesmo fenómeno: livros e bibliotecas atraem o olhar e, atrás do olhar, vem o desejo e, com ele, o conhecimento e, logo, o livro!
Biblioteca do estilista Karl Lagerfeld
imagem tirada do Facebook
Por vezes conta muito a “situação” da
livraria, o bairro, as gentes que passam, a cultura que tê, ou que procuram ter...
Mas em muitos bairros periféricos aumentou o
interesse pelos livros, porque houve algumas melhorias, ou porque há mais estudantes.
"Gostar de livros, gostar de ler, saber aconselhar, conhecer
os seus clientes e interessar-se por eles, e, sobretudo, amar as pessoas!"
Proteger os livros é uma missão sem par. Lembremos o que se
passou, tempos atrás: a Inquisição que queima os livros, em autos-de-fé.
Nos ghettos, nas cidades ocupadas, nas aldeias por onde passam os exércitos, durante o nazismo, queimaram-se os livros. Tudo pode recomeçar!
Nos ghettos, nas cidades ocupadas, nas aldeias por onde passam os exércitos, durante o nazismo, queimaram-se os livros. Tudo pode recomeçar!
François Truffaut (1966) "Fhareneit 451" (do livro de Ray Bradbury)
A Edna O'Brien aconteceu quase o mesmo: teve de se exilar porque considerados escandalosos os costumes que ela "revelava" na sua trilogia "Country Girls" - "contrários" à religião (fundamentalista, neste caso) da Igreja irlandesa e ao bom nome dos bem pensantes.
Não, não se trata de loucura amar os livros e defendê-los!
Biblioteca do escritor americano Raymond Carver
Adorei o post e adorei as fotos.
ResponderEliminarTambém tenho bastante dessa loucura dos livros, mas como diz a Maria João, é uma loucura boa.
Um beijinho grande
Sem dúvida, como é boa esta loucura!... Espero nunca curar-me dela!
ResponderEliminarTraz tanta felicidade!...
Magnífico post.
Beijinhos