Gillespie
Filme, ou documentário, breve, com imagens muito belas
e uma filmagem extraordinária. Fala dessa grande figura do Jazz e da música de
sempre: O ícone do Jazz da Costa Oeste dos USA.
Que foi "parceiro" de outros grandes: Gerry Mulligan, ou Dizzy Guillespie.
O filme ganhou o Prémio
Internacional da Crítica, no Festival de Veneza em 1988.
Mostra-nos Chet no ano que precedeu a sua morte, às voltas com a
droga, a abstinência que dolorosamente por vezes aguenta.
Uma vida queimada pela droga que o rói, por dentro, e
o destrói pouco a pouco.
O grande trompetista e vocalista tem um rosto de
velho, em que a pele parece cobrir uma caveira.
Bruce Weber entrevista-o, segue-o, ouve-o. Ouve os
amigos, as mulheres com quem viveu, os filhos.
Delineia-se uma personalidade complicada como não
podia deixar de ser. Uma sensibilidade em que a doçura alterna com a
violência que se transfigura quando toca ou canta: uma voz límpida, uma música
luminosa!
Um rosto de velho "que contrasta violentamente
com a sua voz quase infantil, adolescente" (Hélène Delye, "le
Monde").
Guardo o conselho que ele deixa aos filhos, já crescidos: "Escolher bem o que se quer fazer uma
coisa de que se goste. E, depois, tentar fazê-lo o melhor possível, para se ser
o melhor."
monumento a Chet Baker, Amesterdão
Suicidou-se, em Amesterdão, deitando-se da janela do hotel onde residia. Ano de 1988. Tinha 58 anos, "um rosto de velho e um corpo de jovem", disse a polícia.
No seu campo, ele foi sem dúvida um dos melhores!
Valeu a pena, Cara MJ, ir espreitar. Eu, que ando desmiolado, desabituado, vim à caixinha e vi o Falcão em voo picado. Seduziu-me.
ResponderEliminarO Chet Baker é como um pai-nosso que se ouve e reza. A qualquer hora, até nas aflições mais intrincadas.
Agora tenho os pés frios e tenho afazeres inadiáveis, vou-me embora. Mas hei-de voltar, que isto aqui é lugar de se regalar o espírito.
Obrigado.
Bj.