Festival do Livro, "o bairro dos livros", no Porto
Livraria Lumière, na Feira do Livro de Coimbra
Mayakovsky
NÃO AO SILÊNCIO!
Vladimir
Maiakovski (1893-1930)
Na primeira noite, eles aproximam-se
e colhem uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
e colhem uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
Bertold Brecht
Bertolt Brecht (1898-1956)
Navajos, escravos
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Paul Cézanne, "o negro Cipião"
Em seguida levaram alguns operários
Mas eu não me importei com isso
Eu também não era operário.
Banksy, estudantes & desempregados...
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
MJ, gostei da maneira como deu vida aos poemas.
ResponderEliminarRealmente a palavra é a nossa "arma" e os livros a "teoria". Temos que lutar sempre por eles. Não podemos deixar que nos tirem a voz. Já nos tiram tantas coisas...
Um beijinho.:))
Também concordo com a Cláudia.
ResponderEliminarOs poemas estão ilustrados duma forma magnífica.
Gostava de poder ir à feira...
Beijinhos