O pintor finlandês Hugo Simberg, outros nórdicos e o seu universo gelado...

Para a minha amiga Merïa R. - que é finlandesa...

Hugo Simberg

Simberg, "Uma flor bonita"

Simberg, "Noite  de Primavera, durante o degelo"

Hugo Simberg, frescos na Catedral de Tempereen

Hugo (Gherard) Simberg, pintor simbolista finlandês, nasce em Hamina (que pertencia à Suécia e hoje à Finlândia) em 24 de Junho de 1873 e morre em 12 de Julho de 1917. 

Hamina, a Catedral

Foi, além de pintor, artista gráfico. 

Hugo Simberg

Em 1891, inscreve-se na Drawing School of the Vipuri Friends of Arts. 

Em 1893, entra na Academia Finlandesa de Artes (1893-1895).

Ruovesi

Em 1895, deixa a Academia e vai aprender pintura, em lições particulares, com o conhecido pintor seu compatriota, Akseli Gallen-Kallela, que vive em Ruovesi .

Akseli Gallen-Kallela, Tríptico de Aino (1891)

Akselli

Akseli Gallen- Kallela, auto-retrato

Gallen-Kallela, "O Lago Keitele" (National Gallery)

Gallen-Kallela, "A Vingança de Sampo"(figura da mitologia finlandesa)

Hugo Simberg, "O skiador"

Em 1896, Hugo Simberg viaja para Londres e, em 1897, está em Paris. Visita a Itália. 

Em Paris, conhece outros artistas, nórdicos como ele, Edward Munch (1863-1944), norueguês, ou Albert  Edelfelt (1845-1905), como ele finlandês, e o dramaturgo sueco August Strindberg (1849-1912), que além de escritor era pintor.

Edward Munch, Dança da Vida

August Strindberg

August Strindberg, "A Cidade" (1903)

Albert Edelfelt, auto-retrato

Edelfelt, "Enterro de anjinho"

Albert Edelfelt, mãe e filho

Albert Edelfelt

Edward Munch, "Cinzas" (1894)

Edward Munch, "O Assassino na Alameda"

Edward Munch, "Auto-retrato"

Sente-se o pessimismo - talvez certa amargura- na sua obra. Mas quão pessimista é o seu tempo, "doentia" a poesia simbolista francesa, e desolado o teatro de Ibsen ou Strindberg!

Edward Munch, "Retrato de August Strindberg"

Hugo Simberg, "O jardim da Morte" 

Simberg, "Conto de fadas"

Simberg fala do Amor e da Morte, representando-a sem hesitações, nem véus e mostra o Homem na sua decadência, na sua "aparência": no "antes" e no "depois". 
No seu medo, na solidão, na angústia, nas paisagens geladas da alma - de que Edward Munch, o norueguês, tanto "falou", pintando. 
Talvez tenham pensado os dois, de vez em quando, na esperança e nas ilusões do Homem também...

Munch, "Ponte" (1894)

Edward Munch 

Simberg, "Autumn Frost" 

O "além" não lhe mete medo, consegue ironizar sobre os anjos e os diabos... E mostrar a tristeza da dor, o espanto.

Hugo Simberg, "O Anjo ferido"

As histórias do "pobre tipo" que é um diabinho infeliz são extraordinárias.

Simberg, "O pobre diabo à lareira"

Simberg, "O pobre diabo, com os gémeos ao colo"

Simberg, o Outono

Durante estes anos,  expõe as suas pinturas na Finish Artist’s Autumn Exhibitions, como por exemplo: "Autumn Frost"; "The Devil playing music"  e outras como "Aunt Alexandra" (1898).

E esta maravilhosa "Dança no pontão", e a ilusão, que vos deixo no fim...

E, já agora, falando da Finlândia, penso que é bom ouvir a música de Jean Sibelius, compositor finlandês. Johan Julius Christian Sibelius que decidiu chamar-se Jean Sibelius.

E também o grupo "rock metálico" finlandês, Nightwish, que, em honra do pintor, escrevem uma canção inspirada no quadro "O Anjo ferido" a que chamam "Amaranth".

Os Nightwish

Jean Sibelius:

http://youtu.be/pR7lXtSSjpM

 http://youtu.be/WDXNHPeRB0k