imagem retirada do blog "escafandro"
Barbara morreu há 15 anos num dia de Novembro. Hoje encontro no jornal Le Monde a notícia,
sob o título “A memória de Barbara continua a “irrigar” a canção
francesa!"
E o artigo continua, procurando perceber o porquê...
E o artigo continua, procurando perceber o porquê...
Desenho de Reginald Gray (New York Time)
"Por que precisamos dela, hoje? (...) porque o seu primeiro
disco de 78 rotações – registado em Bruxelas em Fevereiro 55 incluía a canção "Mon
pote le Gitan" ("o meu amigo cigano"): “c'est un gars curieux/une gueule toute noire/des carreaux tout bleu” ) - criada para Yves Montand (um imigrante ítalo-marselhês) que foi cantada pelo “kabila” Mouloudji..."
Interessante pensar nesta multi-culturalidade desses anos, numa
França em que, hoje, a direita se quer tornar num pilar da xenofobia.
Yves Montand no filme "O salário do medo"
“Cantora francesa, Barbara? Sim. Claro. Mas da França misturada que hoje “assusta” uma
certa direita do UMP. Filha de um alsaciano e de uma moldava, ambos judeus,
Barbara começou por cantar as canções dos outros. É de recordar a bela versão (1958)
da canção “Veuve de guerre” (de Edgar
Bishoff e M. Cuvelier), um playdoyer implacável
a favor da vida e que lhe valeu a proibição de ser “cantada” na radio (eram os
tempos da Guerra da Argélia)".
...
"Dans le couloir/Il y a
des anges/en sandales/Et blouses blanches/qui portent, accrochée/sur leur coeur/
la douceur de leur prénom”...
...
"Quando publica o último álbum (1996) a sida alterara os dados
sociais da liberdade de amar. E ela vai escrever “Le Couloir” – onde fala dos “anjos
de sandálias e batas brancas que trazem presa ao coração a doçura de um nome”...
o pintor israelita Rubin Reuven, e "Anjos"
Barbara soube escolher sempre o campo dos perseguidos, mal-amados, dos estrangeiros, dos sem terra...
Por isso ainda hoje é tão amada...
Gosto muito de a ouvir e foi aqui que aprendi a gostar de Barbara.
ResponderEliminarA pintura é linda.
Um beijinho