o Ballet "Orphée" de Hervieu e Montalvo, no Théâtre de Chaillot

“ORPHÉE”: UM BALLET QUE ADOREI!

À procura na internet, encontrei esta “crítica” sobre a sua estreia, no Théâtre Chaillot, em Maio de 2010:

“Tão feérico  como sempre o mundo visto por Dominique Hervieu e José Montalvo... Depois de “Paradis” (1997) -que anunciava alegremente o mito de uma França Black-Blanc-Beur (*), o “Orphée que agora apresentam em Chaillot, em pleno caos, em plena crise, é literalmente um espectáculo encantado!”

(Télérama, 05/06/2010

Vi-o há dois ou três dias repetido na TV/Mezzo e foi um deslumbramento. Encantado e encantador! Pareceu-me cheio de esperança e gostei!

Não sou uma “entendida” em nada disto, apenas gosto ou não gosto, sinto-me tocada ou não sinto...

Por vezes, confesso que posso sentir uma forma não de desilusão, mas de insatisfação:

“É só isto? O mesmo sempre?”

Ou:

 “Tão impessoal, tão mecânico...”

Tão frio! e nada bate dentro do meu peito...

Desta vez, o “ballet” da Companhia de Dominique Hervieu e José Montalvo entusiasmou-me...

Algo ficou da intensidade de Pina Bausch, mas com uma alma “própria”, cheio de originalidade, ironia e amor. 

Foi um verdadeiro prazer!

(Criação coreográfica do “tandem” Hervieu-Montalvo na Salle Vilar do Théâtre de Chaillot. Peça para 15 cantores e bailarinos. Viagem à volta de Orfeu e Eurídice, um dos mitos mais “amados” e representados da mitologia grega...)

http://youtu.be/LNnEHW9NWyk

http://www.evous.fr/Orphee-une-choregraphie-de,1129007.html

http://www.montalvo-hervieu.com/actualites/actualites.html

(*) Black-Blanc-Beur, expressão para referir a tripla "realidade" da mestiçagem em França: negros-brancos e magrebinos.