MARVIN GAYE
Marvin Gaye nasceu
em Washington em 2 de Abril de 1939 e morreu em Los Angeles, em 1 de Abril de
1984. Assassinado.
Pior... assassinado
pelo pai, o reverendo Marvin Gay Sr. que, sob o efeito do álcool misturado com Valium, num acesso de fúria, dispara-lhe no peito a Smith and Wesson que o filho lhe oferecera 3 meses antes.
Marvin morre no
hospital.
Desequilibrado decerto, o pai era um violento
e abusivo que costumava castigar os filhos, miúdos, com um o chicote. Antes, porém,
aterrorizava-os, a estalar o chicote na sala ao lado...
Contava
Marvin que o ruído lhe fazia tanto medo que quase desejava que o chicote começasse a cair-lhe nas costas pois a
expectativa era demasiado dolorosa.
De drogas também
ele, Marvin, usou e abusou. A fama chegou cedo, mas, aos 40 anos, Marvin Gaye estava
acabado.
Vivia convencido de que ia ser morto, vivia em
sobressalto constante.
Pouco antes da morte, tentara suicidar-se deitando-se do
carro numa autoestrada, ficando ferido e cheio de nódoas negras mas vivo.
Há
quem defenda que a sua morte foi um suicídio por intermédio do pai. Sabia que se
lhe desse uma arma e depois o provocasse, ele o mataria, como ameaçara várias
vezes fazer.
Várias biografias saíram ao longo destes anos, como: “Marvin Gaye l’ange de la soul”, de Michael Eric Dyson (1985), “Marvin Gaye – The untold
Chapter”, por Deborah Anderson (1990);
Ou “Divided Soul”, por David Ritz, em 2009.
Ou, ainda, o livro "Trouble man", de Steve Turner.
Deborah Y. Anderson
A sua carreira foi
fulgurante. Cantou com Diana Ross, gravou com ela na Motown.
Cantor de soul e
de R and B (a saber, Rythm and Blues), tocador de vários instrumentos, compositor
de belas canções românticas é igualmente produtor. Dizia que o seu sonho seria
cantar o mais próximo possível da maneira de cantar de Nat King Cole.
Começa a gravar na conhecida casa de Discos de
Detroit, a Motown, em 1961 mas continua ligado à gravadora pelos anos 60 e 70.
A sua carreira foi fulgurante.
Cantou com Stevie Wonder e Diana Ross, gravou com eles na Motown.
Cantou com Stevie Wonder e Diana Ross, gravou com eles na Motown.
Canta em dueto com
Mary Wells e Kim Weston mas é com Tammi Terrell que o entendimento é mais
perfeito e a dupla é apreciada.
~
Mary Wells
Gravam o LP “United” em 1967. Ficam famosas as canções como “Your Precious Love” ou “Ain’t no Mountain High Enough".
Entendiam-se perfeitamente, talvez houvesse algum sentimento amoroso entre os dois. Mas Tammi, em 1967, cai-lhe nos braços, desmaiada: era o primeiro sintoma de um tumor no cérebro.
Marvin tem um
desgosto enorme, fica completamente desorientado, ao ponto de, no enterro de
Tammi, falar com ela como se estivesse viva e esperasse uma resposta dela.
Isola-se durante quase
dois anos, pensa mesmo em abandonar a carreira, pensa até em entrar no Detroit Lions
Club de futebol, como jogador.
Penso que era um
ser frágil que não aguentou a pressão, mas isso é o mais fácil de dizer...
Ouçamos a sua
voz...
(PCP foi uma droga sintética criada nos anos 60 com a função de anestesiante, foi mais tarde usado como droga de rua, em substituição do LSD. É um alucinogénio potente. Muitos artistas no final dos anos 60, e nos anos 70, abusaram desta droga a que chamavam “Peace pill" (pílula da paz)...)
(PCP foi uma droga sintética criada nos anos 60 com a função de anestesiante, foi mais tarde usado como droga de rua, em substituição do LSD. É um alucinogénio potente. Muitos artistas no final dos anos 60, e nos anos 70, abusaram desta droga a que chamavam “Peace pill" (pílula da paz)...)
"
Estive a ouvir um bocadinho. Lembra-me um pouco os Bee Gees.
ResponderEliminarÉ uma tristeza que tantas vidas e vidas de talento se percam por causa da droga.
Um beijinho e bom domingo!