Primeiro, enquanto estudou na Universidade, foi clarinetista e foi através do circuito universitário que o "Quartet" ganhou fama, passando depois a actuar no exterior.
Durante dezasseis anos Paul Desmond foi, de facto, o principal solista do Dave Brubeck Quartet, com cuja Band iniciou a carreira de saxofonista, onde tocou de 1948 a 1950.
Só trabalhou como saxofonista regular do Quartet, a partir de 1951. Nessa altura, compôs a canção Take Five, talvez o maior sucesso do grupo.
Depois de abandonar o Brubeck Quartet em 1967, Desmond começou sua carreira como freelance. O que fez até a sua morte, em 30 de maio de 1977.
Fazia parte do West Coast Jazz (*), e uma das suas composições mais conhecidas é Take Five.
Paralelamente ao seu trabalho com Brubeck, Paul Desmond tocou também com Gerry Mulligan, Jim Hall e Chet Baker.
Alguns Albuns famosos:
"Desmond Blue"
"Take Ten"
"Easy Living"
"Summertime"
"Like Someone in Love" (com Chet Baker)
"Together" (com Chet Baker.
(Conselho: clickar no azul para ver!)
Interessante ver que, numa época que idolatrava Charlie Parker e o seu frenético estilo "bebop" (e hard bop), Paul Desmond criou o próprio “som” -ou estilo- que -segundo palavras suas- devia imitar o som de um “dry martini"...
"Eu penso que tenho esse som no fundo da minha cabeça e quero que o meu instrumento soe como um dry martini".
Afirmava:
"I have won several prizes as the world's slowest alto player, as well as a special award in 1961 for quietness."
["Ganhei vários prémios como o saxofonista alto mais lento, e também um prémio em 1961 pela tranquilidade..."]
Era um homem calmo, modesto, conhecido entre os amigos pelo encanto e delicadeza, que tanto tocava o seu jazz-cool como tocava igualmente os compositores de música clássica, ditos "modernos", Darius Milhaud ou Bela Bartok (segundo contou o próprio Dave Brubeck).
Hoje, tantos anos (32 anos!) depois da sua morte, a música de Desmond agrada da mesma maneira e entusiasma as pessoas que o ouvem.
NOTA PARA QUEM QUISER SABER MAIS:
(*)
Era um estilo de jazz mais calmo, menos frenético que o hard bop, e as suas músicas caracterizavam-se pelas suas composições mais elaboradas.
Boa Tarde
ResponderEliminarJazz é,quase sempre,algo que nos apraz ouvir.
Ontem tivemos por cá o Laginha e a Maria João.
Foi um espectáculo calmo.A voz dela não estava bem.
Agradou-me o trecho que nos ofereceu na mensagem.
Cordial abraço,
mário
Eu adoro jazz mas -coisa incrivel- não conheço bem os nossos jazzistas.Deve ser uma falha, mas ainda não "aderi"...
ResponderEliminarObrigada pela sua passagem por aqui.
M.J
Querida MJ Falcão,
ResponderEliminarO Desmond é sempre espetacular.
Um músico verdadeiramente original, com uma sonoridade própria, talvez o mais lírico dos saxofonistas.
Fabulosa a resenha, as fotos e o vídeo.
Um caloroso abraço, diretamente do Brasil!
Obrigada! Fico contente, porque aprecio o seu blog e a sua escolha. Sempre bom gosto!
ResponderEliminarUm abraço também!