No Verão, a família ia para a propriedade de Iasnaya Polyana de que já falei. Repin, retrato de Tolstoi em Iasnaya Ployana
Na casa de Moscovo reunia-se muitas vezes com os amigos. Rachmaninoff vinha e acompanhava ao piano o famoso cantor de ópera Chaliapine. O escritor Maxym Gorki veio também visitá-lo.
Outro lugar que me entusiasmou ver foi a casa de Tchekhov. Tchekhov, pintado por Oren Kiprensky
Tchekhov e Gorky na casa da Sadovaïa-Kudrunska Ulitsa
Não resisto a falar um pouco mais de Tchekhov...
Viveu nesta casa de 1886 a 1891. Muito doente, deixa Moscovo e procura alívio para a tuberculose que o irá vitimar. Morre na estância termal de Badenweiler perto de Basileia (Suíça), na fronteira oeste da Floresta Negra, em 1904. Tangarog, A Igreja da Assunção, onde Tchekhov foi baptizado
Em Janeiro, completaram-se os 150 anos do nascimento de Anton Tchekhov. A Rússia celebrou a data com actividades comemorativas por todo o território nacional. Mas as solenidades mais importantes realizaram-se em Taganrog, cidade natal de Theckhov, às quais assistiu o Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev.
sobre o seu estado de saúde. Depois da morte do irmão mais novo, decidira fazer uma viagem com os amigos até Poltava.
Fugiu da mesma morte que o esperava, assim o descreveu em carta aos amigos...
Após o enterro do irmão, ("a nossa família viu um caixão pela primeira vez") decidiu iniciar uma viagem sem rumo. Vai viajar permanente nos meses seguintes.
Decide conhecer a Ilha Sacalina, a ilha do desterro, na Sibéria.
Entre os desterrados inclui-se o amigo de Tchekhov, Vladimir Korolenko, um escritor, que foi enviado para a Sibéria pela polícia, sem qualquer julgamento.
No ano de 1892 compra uma casa no campo, em Mélikhovo, para onde se muda com a família.
Três anos mais tarde visita Tolstoï, cujas ideias irão exercer grande influência e fascínio sobre Tchekhov.
Ñão resisti a mostrar as capas de alguns dos seus livros publicados em Portugal. Várias casas editoras recentemente o publicaram: Os Contos estão publicados quer pela Assírio & Alvim, quer pela Relógio d'Água (que também tem a peça As Três irmãs), A Minha Mulher foi publicado pela Quási. O Campo das Letras tem também alguns títulos, como Platonov, a primeira peça que Tchekhov escreveu.
Em 1887, Tchekhov ganha o Prémio Pushkin da Academia Russa
Passei também pela Casa-Museu Pushkin, na encantadora Rua Arbat, uma casa azul e branca, estilo Império, mas foi em S. Petersburgo que melhor conheci a casa do poeta ali.
Casa-Museu Gorki:Vi também a Casa-Museu Gorki, na Malaya Nikitskaya Ulitsa, perto do Café Mania e do Conservatório.
Uma “villa” dos princípios do século XX, cheia de arte.
Casa em estilo moderno, foi construída em 1900 pelo arquitecto e escultor russo Chektel.
Em 1931, é oferecida a Gorki, por Staline. Ali vive até 1936, data em que morre (provavelmente mandado assassinar pelo mesmo Staline...)
Antes de passar a São Petersburgo, gostava de lembrar algumas coisas mais:
Recordo uma vez mais os cafés, além do Mania havia os "Beans", os “Chocolada”, com um ambiente agradável, os piroskis (pastelinhos de carne), a atrte de maçã com natas ácidas, as elegantes meninas que atendiam, a suavidade da língua, etc.
E a maravilhosa Tretyakova Gallery:
Os pintores que nela descobri e me encantaram e continuam a encantar...
Barqueiros do Volga, de Vasnetsov
Retrato de Rimsky-Korsakov, por Serov.
Auto-retrato de Viktor Vasnetsov
A Czarina que não ri, de Vasnetsov
Vrubel (Conto Oriental):
Vasnetsov, e a Princesa-Rã
Magnífico! Não conhecia. Obrigado.
ResponderEliminarBelíssima reportagem,e,repito,bonita vida a sua.Parabéns pelas duas coisas.Viu certamente "Couraçado potemkin" de Eisenstein,foi um dos filmes que mais me impactou.(Lembrei-me,por citar Ivan o Terrivel,sobre o qual rodou também,e que nâo me importaria nada voltar a ver).Beijinhos.
ResponderEliminarEu é que fico agradecida. Claro que vi o "Couraçado Potenkine" e o grande "Ivan, o Terrível". (quando morreu Jean Ferrat bem recordei a ´canção e o filme...)
ResponderEliminarQuem os pode esquecer?
Grata pela sua reportagem tão rica. Felizarda por fazer viagens que eu nunca fizerae gostaria de fazer. Adorei ler tudo , só que ficou em mim uma dúvida. Sándor Márai também escreveu um livro intitulado A Gaivota.Qual é a mensagem do autor russo ?
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