Os livros estão “sempre no meu pensamento”, como os rebanhos de Alberto Caeiro...
Como vêem.
Normalmente vou para fora com um bom número de livros policiais (confesso que sou uma viciada em policiais...), e um ou dois livros “sérios”.
Para estar sempre fornecida, passo na Livraria Galileo, em Cascais, de tempos a tempos, para me “re-abastecer”, porque têm uma óptima bancada de livros em segunda mão (em todas as línguas) e na parte da “Vampiro” há sempre qualquer livro para ler –ou para reler...
O que vos posso aconselhar?
"Título qualquer serve", como dizia Irene Lisboa...
Vamos, pois, aos autores:
Anthony Berkeley, o inglês dos enigmas absurdos; Dorothy Sayers e o seu “convencido” Lord Peter Wimsey– todos os livros dela são bons; Rex Stout e o seu Nero Woolf, gordo inesquecível, mais a estufa de orquídeas e os “petiscos” sofisticados; Mignon Eberhardt e os mistérios nos transatlânticos, no mar alto;
S. S. Van Dine e os Crimes do Bispo, ou o Crime no Inverno, ou tantos outros “bons” crimes;
Peter Cheney e a sua violência contida;
Hartley Howard e o “heterónimo” Harry Carmichael, conto-os entre os meus preferidos, com tantas boas histórias!
Raymond Chandler! Dashiell Hammett, como esquecê-los? São imprescindíveis, para umas boas férias!
E James hardley Chase? Tremendo.
Depois, temos aquelas mulheres terríveis! As duas Patricias: a Patricia Highsmith ou a Patricia Cornwell e tanta maldade!
As inglesas Mary Higgins Clark e P.D. James;
Ruth Rendell e o seu culto e simpático Inspector Wexford (são os meus preferidos, os livros em que entra o Inspector!) e o seu “desdobramento" (dela, Ruth Rendell), a escritora Barbara Vine;
e o da americana Joyce Carol Oates, Rosamund Smith...
E... last but not least:
Agatha Christie, claro, os velhos clássicos que iniciaram a colecção Vampiro.
Mas hoje há tantas reedições da autora que é mais fácil procurá-la nas Colecções das suas “Obras Completas”...
Uma notícia engraçada: saiu na Colecção de Viagens da Editora Tinta da China um livro da Lady do Crime: “Na Síria”.
Não podemos esquecer que Agatha era uma viajante incansável, acompanhando e auxiliando, nas suas investigações (de outro tipo), o segundo marido, conhecido arqueólogo inglês.
Assim, viajou pelo Egipto, Síria, Turquia, etc e tudo observou para nós...
Estava a reler o que escrevi, vi a predominância anglo-saxónica: um facto inegável...mas injusto!
Então pensei na tremenda injustiça de não falar no belga Georges Simenon e no maravilhoso Comissário Maigret, humaníssima personagem.
E vêm-me, obrigatoriamente, à memória outros nomes: os Rififis (que deram fimes magníficos!) e que sabe sempre bem ler: os de Albert Simonin;
Maurice Leblanc e o herói-gentleman, Arsène Lupin;
Ou Gaston Leroux mais o jovem jornalista e seu detective, Rouletabille. Não esquecer que “O Mistério do Quarto Amarelo” é uma das histórias de suspense e o enigma mais “irresolúvel” que desafiou as mentes de todos os tempos!
Segue-se o outro romance, “O Perfume da Mulher de Negro”, igualmente enigmático...
E outro francês (de origem italiana e espanhola) Jean-Claude Izzo, o marselhês, de que falei há pouco neste blog...
E mais um livro! "A Pedra da Lua", de Wilkie Collins! Para não falar já da (tão falada) "A Mulher de Branco", preciosidades dos "começos" da literatura detectivesca...
Enfim, nunca mais tinha fim a lista... Escolham algum. E boas férias!
............................
Nota: Há imensas traduções dos livros de R.R. nas mais diversas editoras: da Caminho policial, até à Biblioteca Círculo dos Leitores, à Colecção Lipton -da Biblioteca Visão-(ou vice-versa?), etc!
Também Chandler aparece na Biblioteca Visão ( a tal Colecção Lipton), "A Mulher no Lago"); alguns títulos de Dashiell Hammett estão já no Quinto Selo, muitos na Europa-América e quase todos... na Vampiro!
Leer, leer, leer, vivir la vida
ResponderEliminarque otros soñaron.
Leer, leer, leer, el alma olvida
las cosas que pasaron.
Se quedan las que quedan, las ficciones,
las flores de la pluma,
las solas, las humanas creaciones,
el poso de la espuma.
Leer, leer, leer; ¿seré lectura
mañana también yo?
¿Seré mi creador, mi criatura,
seré lo que pasó?
Miguel de Unamuno
Serè lectura? Serè lo que pasò?
ResponderEliminarQuem sabe, Maria?
Se quedan las que quedan, "las humanas creaciones", tens razão...
Lindo poema! Unamuno é grande...
beijinhos
Carissima
ResponderEliminarEm busca de livros policiais antigos fui dar com o seu blog.
Gostaria de referir dois autores de que gosto muito:
John Dickson Carr (Carter Dickson), com os seus enigmas de quarto fechado.
Earl Derr Biggers, com o detective Charlie Chan, famoso (até na Internet) pelas suas citações.
Tambem as minhas ferias na praia são acompanhadas de um livro policial lido à sombra do chapeu e nos intervalos do banho.
OLá, AB,
ResponderEliminartem razão faltam-me esses dois e até gosto muito do John Dickson Carr de quem li imensos livros na Vampiro, claro. também me escaparam outros, o Nicholas Blake e sei lá quantos mais...
O Charlie Chan e o 2º filho! Não devia tê-lo esquecido, mas vou "reparar" o meu erro, no próximo post sobre detectiv stories...
Obrigada e um abraço, além de boas férias, claro!
E também pode levar para férias ou para o seu dia-a-dia os meus livros de contos: "entre alumínio e borboletas" (Minerva Editora, 2018) e "em corpo de vozes e tempos" (Manufactura, 2021). Depois gostaria de ter a sua opinião. ANDRÉ DE CENYEV, 05.setembro.2021, endereço andredecenyev@gmail.com
ResponderEliminarE também pode levar para férias ou para o seu dia-a-dia os meus livros de contos: "entre alumínio e borboletas" (Minerva Editora, 2018) e "em corpo de vozes e tempos" (Manufactura, 2021). Depois gostaria de ter a sua opinião. ANDRÉ DE CENYEV, 05.setembro.2021, endereço andredecenyev@gmail.com
ResponderEliminarCom muito gosto. Parabéns! Não sei se conseguirei encontrá-los...
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