O lindo "Anjo com um tambor", de Melozzo da Forlì
Lembro uma decisão que tomei aqui há uns dois anos num post:
acreditar na Utopia e acreditar que as pessoas se possam mover por uma ideia de
justiça, altruísmo, e não só pelo vil interesse. Propus, assim, fazermos, pois, sempre que
possível uma coisa justa mesmo que mínima.
Anjo de Melozzo da Forlì
Lutar contra os poderes que limitam, contra a mediocridade e
o lugar-comum, e toda a prepotência. Pensar na solidariedade do dia a dia,
naquela que está à nossa mão.
E tentar guardar bem no fundo de nós um pouco da nossa infância e
adolescência, a credulidade boa e não néscia de pensar que tudo é possível...
Lembro que, na altura, vários “autores” de blogs aderiram a esse pacto:
agirmos juntos quando o achássemos necessário, em defesa dos que achávamos que precisavam de ajuda!
Lembro-me que as amigas da Cozinha dos Vurdóns vieram logo e disseram: “E
está aberta a Confraria da Utopia, e é um prazer contar, dividir, somar, sonhar
e realizar em conjunto (...). Afinal somos feitos do tecido dos nossos
sonhos...”
O amigo do blog “Trepadeira” comentou: “A Utopia tenho-a
guardada dentro de mim. Às vezes sossegada, às vezes aos pinotes, querendo
sempre libertar-se. É ela quem me guia a vida”.
E a Cláudia do blog "Livraria Lumière": "A Utopia é, apenas, o que nos permite sonhar. Logo, o que nos faz viver..."
capa do livro A Utopia, gravura de Holbein, 1518
Vem isto a propósito do movimento que se gerou à volta das
colecções de postais com retratos de escritores desenhados por Orlando da
Silva.
Régio e Nobre, desenhos de Orlando da Silva
Obrinha publicada pelo autor sem grandes esperanças de divulgação.
As respostas à minha sugestão foram muitas. A "Livraria Lumière" (de cujas proprietárias
não esperava outra atitude...) propôs aceitar no seu espaço esses postais para
divulgação e venda.
o Anjo ferido de Simberg
E já surgiram encomendas! Fico feliz, afinal “nós” (todos
juntos) ainda podemos fazer alguma coisa.
E penso numa pessoa admirável, a caminho dos 95 anos hoje, Stéphane Hessel, de que falei aqui algumas vezes e que acha que vale sempre a pena tentar.
Stéphane Hessel, 2011
"Anjo musicante", de Vittore Carpaccio
"Este senhor passou por campos de concentração, foi torturado, combateu clandestinamente contra os nazis - e acredita no futuro! Este senhor a quem sobram razões para odiar e se lamentar, decidiu sorrir a tudo e a todos, em cada momento." (El País, 01/09/2011)
Anjo com viola, do veneziano Giovanni Bellini
Porque também ele acredita na Utopia!
É verdade!
ResponderEliminarSe tudo correr como planeado, vou recebê-los na próxima quarta-feira!
Aceitam-se encomendas...
Pela utopia, sempre!
Beijinhos, MJ.:)))
Obrigada pela resposta rápida e...esperada! Pelas utopias sempre!
Eliminarbjs
Lindo post.
ResponderEliminarPelas ideias, pelas imagens e principalmente pelos sentimentos.
Eu acredito na(lguma) utopia. Naquela que nos permite irmos fazendo o que está ao nosso alcance e não deixa morrer em nós uma parte da criança que fomos.
Um beijinho grande
Tens razão, não deixar morrer essa parte de nós que significa acreditar, e agir segundo aquilo em que acreditamos, mesmo quando parece difícil...
ResponderEliminarBom fim de semana
Pela Utopia sim! Sempre!
ResponderEliminarBeijinhos
Luísa