Passo naquela rua muitas vezes, de carro, quando vou para a piscina. Vejo o bocadinho
de campo e as árvores, entre as quais umas oliveiras sem azeitonas há muito tempo.
O verde brilha em vários tons, agora molhados, e a
cor da terra é avermelhada. E a pequena horta no meio do espaço urbano: Couves altas como árvores, um limoeiro pequenino, cenouras...
Como um “Havre” campestre. Rodeado de arame, é certo...
Ontem, para meu espanto, do lado de lá da vedação que protege as
plantas, mais o espanta-pardais espantado, vi um galo! A dois passos da porta da piscina!
“Impossível...”, pensei. "Um galo, aqui, quase na rua?"
Mas era mesmo um galo...
E cantou!
Pensei na capacidade de invenção do homem, nos tempos duros que vão
correndo e na sua capacidade de, pela imaginação criativa, dar asas a um galo
em plena cidade!
Até lembrei com saudade os meu tomateiros de verão na varanda e a oliveirinha que este ano não deu nem uma azeitona também...
E comovi-me a pensar no homem comum que, em qualquer poiso, pode inventar, qual Candide, o seu jardim...
Ou a sua
horta, com um galo! Dentro da cidade... Afinal, o sonho sempre existe!
Que engraçado!
ResponderEliminarNão me importava nada de acordar de manhã ouvindo o galo a cantar, aqui no meio da cidade!
Que lindinha a foto dos tomatinhos e dos amigos Poeta e Ouricinho!
Já tenho saudades das aventuras deles!
Um beijinho grande
(Também comecei a ir à natação. Um dia destes vou ver se levo a máquina para tirar também umas fotos. Temos umas instalações muito boas. Fica ao lado da piscina-praia)
Olá, Isabel! Os galos são uma ligação à vida! os amigos andam deprimidos mas vou fazê-los aparecer depressa!!!
Eliminarbeijinhos e ainda bem que vais nadar! faz muito bem a tudo, até ao espírito!
OH! Deprimidos é que não!
EliminarÉ a falta de sol!
Ou então andam assim porque a Maria João os tem abandonado um pouco...andam para aí meio esquecidos, é o que é!
Precisam mesmo de protagonizar uma história!
Cá fica esta fã à espera!
Duas histórias minhas de galos ( o bom da conversa é compartir vivências...):
ResponderEliminarSaí de casa com 12 anos, e não tive mais contacto com galinheiros, até que um dia em Lisboa, na casa dos meus tios na Av. João XXI, tendo eu já mais de 30, acordei de madrugada com o canto de um galo. Foi tal a emoção e a sorpresa também, que nunca pude esquecer esse momento.
Já avó, depois da festa do baptizado da Carolina em Jerez de los Caballeros, una vila de sonho, sento-me na varanda do quarto do hotel (Los Templarios, precioso, em cima de um vale, sem uma luz eléctrica, só iluminado pela lua cheia), é uma noite quente de verão, 15 de Agosto. Fumo e aspiro a noite com uma paz que não tinha sentido em todo o dia, e de repente começa uma autêntica sinfonía de galos, antes de amanhecer. Foi também um momento maravilhoso, destes que acontecem quando menos esperamos e ficam no fundo da alma como uma jóia.
He dicho. Voilà .
Belas histórias de galos e de momentos especiais. De facto, temos saudades dessas coisas mais simples, próximas da natureza e do que fomos... Um galo?! Um galo tem tanta coisa dentro dele! faz libertar a nossa imaginação e traz coisas esquecidas...Uma sinfonia de galos deve ser inesquecível!
ResponderEliminarbeijos
Um galo, tomateiros ou oliveiras... o que for.
ResponderEliminarO que torne a vida na cidade mais suportável. Que nos faça esquecer o cimento e a correria do dia-a-dia!
Felizmente, todos os fins-de-semana respiro ar puro!
Beijinhos.:))