Van Gogh, "Pinheiros ao pôr do sol" (1889, foto copiada da página de Le Monde)
Van Gogh, amendoeiras em flor (1890)
Uma das "100 vistas de Edo", de Ando Hiroshige
Vi a notícia em Le Monde, de 5 de Janeiro, no caderno “Culture e Styles” do jornal. O título era atraente: "Van Gogh: impressões do país do Sol
Levante".
http://www.pinacotheque.com/fr/accueil/boutiques-editions/les-editions/van-gogh-reves-de-japon.html
http://www.pinacotheque.com/?id=804
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Duas imagens para ilustrar a aproximação - ou “atracção do
pintor holandês pelo japonesismo”.
página de Le Monde
Esse encontro entre Van Gogh e a arte japonesa existiu de
facto e em muitas suas pinturas
descobrimos o seu deslumbramento. O próprio Paul Gauguin não resistiu ao fascínio...
pintura de Paul Gauguin
Em carta ao irmão, Théo, disse um dia Vincent Van Gogh:
"Se estudarmos a
pintura japonesa vemos um homem incontestavelmente sábio e filósofo e inteligente
que passa o seu tempo a fazer o quê? (...) a estudar um fiozinho de erva. Mas
esse pedacinho de erva leva-o a desenhar todas as plantas, depois as estações,
os grandes aspectos de uma paisagem, finalmente os animais, e depois a figura
humana. Passa assim a vida, que é demasiado curta, a fazer tudo...” (citada no
artigo assinado por Harry Bellet).
Hiroshige, canavial e pato selvagem
Esse “japonesismo” (ou "japonismo") existia nos meios culturais, em Paris.
Em 1867, data em que o irmão do Shogun do Japão (do Shogunato da família Togukawa que dura até 1868) veio a Paris, a convite do Imperador Napoleão III, para assistir à participação do seu país na Exposição Universal.
O nobre japonês veio com as malas carregadas de milhares de objectos e obras das quais muitas foram depois vendidas, em Paris, depois do fecho da Exposição.
O amor pelas "coisas do Japão" vai influenciar os Impressionistas. Pensemos logo em Claude Monet e nas suas pontes do jardim de Giverny, mas também Edouard Manet e Degas.
"Verão", de Manet, tem alguma coisa das cores e das linhas de Hocusai? Eu acho que sim... Ou o canto direito do "Café Concert" de Degas não lembras certas estampas japonesas?
Degas, pormenor de Café Concert"
Van Gogh anda de Paris para Arles e Auvers, nessa altura, e tem contacto com essa "moda", ou melhor, o "gosto".
Em 1867, data em que o irmão do Shogun do Japão (do Shogunato da família Togukawa que dura até 1868) veio a Paris, a convite do Imperador Napoleão III, para assistir à participação do seu país na Exposição Universal.
o Shogun Hatsekura Tsunenaga, 1615, em Roma
O nobre japonês veio com as malas carregadas de milhares de objectos e obras das quais muitas foram depois vendidas, em Paris, depois do fecho da Exposição.
máscara japonesa hoje no Museu Guimet
Gravura de outro grande pintor do Japão, Hocusai (1817)
"Verão", de Manet, tem alguma coisa das cores e das linhas de Hocusai? Eu acho que sim... Ou o canto direito do "Café Concert" de Degas não lembras certas estampas japonesas?
Degas, pormenor de Café Concert"
Van Gogh anda de Paris para Arles e Auvers, nessa altura, e tem contacto com essa "moda", ou melhor, o "gosto".
Monet, ponte japonesa, em Giverny
à esquerda, Hiroshige e à direita Van Gogh
Hiroshige à esquerda e Van Gogh à direita
Terá com certeza muito interesse a exposição, que não vou ver!
Imagens maravilhosas das "100 famosas vistas de Edo" (Edo era o antigo nome de Tóquio), de Ando Hiroshige:
http://www.hiroshige.org.uk/hiroshige/100_views_edo/100_views_edo.htm
Pinturas tão lindas!.Para mim a mais linda é "As amendoeiras em flor" do Van Gogh.
ResponderEliminarDevem ser exposições maravilhosas. Sorte de quem as pode ver.
Bem, fico-me por esta exposição, como sempre, tão interessante!
Um beijinho grande
(afinal estava cá!...)
Sei que gostas do Van Gogh. Também gostaria de ver a exposição, mas... não é possível.
Eliminarbeijos
Bom dia! Fiquei para mim com Pinheiros ao pôr do Sol que não conhecia e adorei. A pintura japonesa é fantástica, mas eu prefiro um cópia "descarada" de Van Gogh ou Monet que as pinceladas originais, com todo a admiração que me merecem, é evidente.
ResponderEliminarQuando se copia para melhorar o original não é pecado, é humano e natural que todos copiemos a todos, sempre que seja para bem...
Que tenhas um dia magnífico, que o sol te inunde a casa e o coração!
Ainda bem que levaste os pinheiros! lembranças da terra, não é? Tens razão, o Van Gogh é sempre grande, mesmo em cópia! E um prazer vê-lo.
EliminarUm bom dia de sol por aí também! E o coração cheio dele!
Maria João, estou encantada com estas imagens e as respectivas explicações.
ResponderEliminarQuem me dera ter o privilégio de ver estas exposições...
Um beijinho.:))
Maria joão,
ResponderEliminarO que dizer? Nada pois é tudo maravilhoso. Sou apaixonada pelo Japão e pela arte oriental.
Obrigada!:)