Claude Monet, Palazzo Mula
Vittore Carpaccio, "Duas damas venezianas"
uma desconhecida, em Veneza
Soneto 157
Lembranças, que lembrais meu bem passado,
Pera que sinta mais o mal presente,
Deixai-me, se quereis, viver contente,
Não me deixeis morrer em tal estado.
Mas se também de tudo é ordenado
Viver, como se vê, tão descontente,
Venha, se vier, o bem por acidente,
E dê a morte fim ao meu cuidado.
Que muito melhor é perder a vida,
Perdendo-se as lembranças da memória,
Pois fazem tanto dano ao pensamento.
Assi que nada perde quem perdida
A sua esperança traz de sua glória
Se esta vida há-de ser sempre em tormento.
Muito bonito tudo, as imagens e a escolha do soneto.
ResponderEliminarJá viu a "Vida de Pi?".
Gostei de ver a "desconhecida". :))
Beijinho.
Obrigada. Estamos para ir ver o Pi. Ainda por cima gosto dos filmes do Ang Lee beijos!
ResponderEliminarBonito mas triste.
ResponderEliminarSe essa dor do seu amigo não é física, diga-lhe que guarde o passado e viva o presente. Tem pelos menos amigos maravilhosos que se preocupam com ele.
Um beijinho grande
Vou-lhe dizer... Vamos ver se ele "ouve"! Beijinhos
EliminarEspero que o amigo consiga ultrapassar a dor e o sofrimento do passado.
ResponderEliminarum beijinho
Gábi
O amigo não quer...Gosta de sofrer! beijinhos
EliminarAi que dor tão dolorida,as lembranças que lembram o que já lá vai!
ResponderEliminarMelhor é viver o presente, para não viver, como se vê, tão descontente!
Que não pode ser melhor o perder tudo, quando depois desta vida não há mais mundo!
Em versos quase camonianos! Muito bem tudo o que dizes. mas o que queres? Há sempre o contentamento/descontente e o paradoxo nesta vida - que não há outra, e é uma pena perder o tempo a sofrer!
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