quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A vida nem sempre é maravilhosa e a natureza muitas vezes é madrasta. A tragédia do Haiti.

imagem da cidade de Port-au-Prince: fotografia e imagem via satélite
O Haiti é um país das Caraíbas que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola, possuindo uma das duas fronteiras terrestres das Caraíbas, a fronteira que faz com a República Dominicana, a leste. Além desta fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste. A capital é Porto Príncipe (em francês Port-au-Prince, em crioulo haitiano Pòroprens)

Alguns dados sobre a história política recente do Haiti (informação da Wikipedia):

"O período mais sombrio na história do Haiti iniciou-se em 1957 com a ditadura de François Duvalier. Médico sanitarista com certo prestígio mundial, devido a suas ligações com o movimento negro, realizara excelente trabalho junto às populações rurais no combate à malária, sendo apelidado de Papa Doc (papá médico).

O regime montou um aparato de repressão militar que perseguiu os opositores, torturando-os e assassinando muitos deles. A repressão era encabeçada pela milícia secreta dos tontons macoutes, cuja tradução é "bichos papões".

Papa Doc morreu em 1971, após ter promulgado uma constituição em 1964 que lhe dera um mandato vitalício e ter conseguido que o seu filho mais novo fosse declarado seu sucessor.
O filho Jean Claude Duvalier, o Baby Doc, que assumiu o poder aos 19 anos, deu continuidade ao regime de terror imposto pelo pai.

Governou até 1986, quando foi deposto por um golpe militar. Os militares que assumiram o poder sucederam-se no governo por vários anos. A esperança de redemocratização surgiu em 1990, quando ocorreram eleições livres e a população elegeu o padre Jean Bertrand Aristide para presidente.
O Haiti -de 1986 a 1990- foi governado por uma série de governos provisórios.

Em 1987, uma nova constituição foi feita.

Em Dezembro de 1990, Jean-Bertrand Aristide foi eleito com 67% dos votos. Porém poucos meses depois, Aristide foi deposto por um novo golpe militar e a ditadura foi restaurada no Haiti.
Em 1994, Aristide retornou ao poder, com o auxílio do Estados Unidos. Mesmo assim, o ciclo de violência, corrupção e miséria não foi rompido.

Em Dezembro de 2003, sob pressão crescente da ala rebelde, Aristide prometeu eleições novas dentro de seis meses.

Os protestos contra Aristide, em janeiro de 2004, fizeram várias mortes na capital do Haiti, Porto Príncipe.

Em Fevereiro, com o avanço dos rebeldes, o ex-presidente foge para a África e o Haiti sofre intervenção das Nações Unidas".

A economia de Porto Príncipe:

Actualmente a cidade de Port-au-Prince exporta café e açúcar, e no passado exportou outras diversas mercadorias, como sapatos e artigos como bolas de basebol.

Porto Príncipe possui fábricas de processamento de plantas comestíveis, sabão, têxteis e cimento. A cidade também depende das indústrias do turismo e as companhias de construção para mover sua economia.

Dado que em Porto Príncipe a taxa de desemprego é altíssima, seria mais exacto dizer que a população está desempregada. Uma pessoa que caminhe pelas ruas de Porto Príncipe poderá notar a grande actividade de ambulantes e serviços não registrados.

País pobre, abandonado, explorado, sem esperança. Assolado por tufões, furacões, cheias, mortes e todo o cortejo que vem atrás, de fome e desepero. Ontem, um tremor de terra deita abaixo o país.

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in Público, edição online de hoje:

"A Assistência Médica Internacional (AMI) envia amanhã de manhã uma equipa exploratória para o Haiti, disse ao PÚBLICO o presidente da organização, Fernando Nobre.

A equipa é composta por Tânia Barbosa, directora do departamento internacional, e Marta Andrade, coordenadora de projectos, que viajarão via Madrid e Miami, e deverão chegar à capital, Port au Prince, pela hora de almoço de sexta-feira".
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in Le Monde, edição online de hoje:
"Le séisme qui a frappé Haïti, mardi 12 janvier, touche l'un des pays les plus pauvres du monde, déjà mis à l'épreuve en 2008 par une série de cyclones. Plusieurs centaines de personnes avaient péri. La destruction des routes, des maisons et des infrastructures économiques avaient alors été chiffrée à près de 15% de la richesse nationale".
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in El Pays, edição online de hoje:

"Haití, un país paupérrimo y azotado por la violencia, se ha hundido en el caos tras el terremoto que ha tirado edificios, con especial crudeza en la capital, y ha enterrado bajo las ruinas a miles de personas. Éstas son las voces del drama haitiano.


Las calles de Puerto Príncipe, la capital de Haití, se han convertido en una trampa, con buena parte de los edificios a ras de suelo y bajo los mismos un número indeterminado de personas. Esas calles trampa son ahora el lugar más seguro para los que temen nuevas réplicas del terremoto que asoló ayer el país, y el único techo para muchos de los que se han quedado sin casa".
Afinal, a vida nem sempre é maravilhosa...
Para alguns, não é? Infelizmente, quase sempre os mesmos?

2 comentários:

  1. Ajudar. Só queria conseguir ajudar. Esta sensação de impotência é uma aflição.
    Abraço.

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  2. Compreendo, porque eu sinto o mesmo e é frustrante não poder "estar lá", a "fazer" qq coisa.
    Já não tenho idade para certas coisas, eu sei, mas "olhar só" choca de mais, é horrível perceber a impotência deles ao lado da nossa!...
    Bjs

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