imagem da edição ilustrada de "O Moinho à beira do Floss", de George Elliot: "visita ao acampamento cigano"
Os ciganos e o Holocausto
Cito do blog "Cozinha dos Vurdóns", blog de grandes mulheres que tive a oportunidade ( e a sorte) de conhecer.
E me deu grande prazer!
Quantas "conversas" à hora do chá
(chá cigano ensinou-me a Lú a fazer...), girando pela cozinha... ou a cozinhar pratos saudáveis e pouco dispendiosos?
Era assim a cozinha dos vurdóns (os carroções ciganos): simples mas nutritiva. Cozinhavam com o que havia e ...tudo podia servir para cozinha...
Muito tenho aprendido ao longo destes meses -ou já mais de um ano?- desde que me pus a ler o que escreviam. Além das belas receitas (vejam a de hoje...), à mesa da cozinha, vão "filosofando" em conjunto sobre a vida, os valores, as dúvidas... e daquelas cabeças sai sempre alguma coisa boa.
Ora ouçam:
“Como saber as descendências depois da Segunda Grande Guerra? Pra que saber?
Quem é mais ou menos cigano, rhom (outro problema esse de língua – Rom), Sinti, Calón e por aí vai. Como julgar um sobrevivente que optou depois de perder toda a sua família; mudar o rumo da vida e da própria história. Alguém por acaso se esquece do que é feito? E os que foram repatriados, separados logo nos primeiros dias de vida?
Como apagar imagens que não podem ser reconstituídas no presente? Como lutar dentro desse novo parâmetro no meio da família? Difícil de responder? Difícil de viver.
Uma coisa é certa. Em qualquer rumo que a vida nos leve, quando optamos por um norte definido e preciso, iremos sofrer represálias. Isso é fato. É fato também que isso ocorra de ambos os lados. Porque? A dita verdade. Sempre haverá um ou outro procurando a superioridade.
E é nesse momento que se cria a manivela dolorosa, gigantesca e destrutiva que chamamos de estereótipo.
Ao alargarmos nossa conversa nos deparamos com a estrutura familiar e escolar. Homem não chora, homem não usa saia, cigana só anda de saia, todo cigano é ladrão, mulher tem de usar cabelo comprido, assim demarcamos nossos territórios, são tantos os exemplos que seriam necessários dias em torno de suas colocações. Isso de dentro e de fora de qualquer grupo étnico precisa e deve ser combatido.”
Não é preciso acrescentar mais nada...
http://cozinhadosvurdons.blogspot.com/2011/06/arroz-de-frango-ao-queijo-e-amendoas-e.html
A diferença e a liberdade pagam-se caro.
ResponderEliminarIndependentemente do sexo, cor, raça, religião...
A Cozinha dos Vurdóns já faz parte do roteiro diário dos meus blogues. E conheci-o graças a si.
Um beijinho
Isabel
OBRIGADA,
ResponderEliminarNAIS TUKE,
BEN AJAM,
GRACIAS,
BUENAS,
AMAM,
AMEM,
AY MEA,
SEMPRE E SEMPRE EM NOSSOS CORAÇÕES, EXISTEM PESSOAS QUE OLHAM AS ESTRELAS, EXISTE FALCÃO QUE SEMEIA, QUE PLANTA E QUE VOAM SOBERANOS, INTÉGROS, SUAVES E LIVRES.
QUE SARA LHE ABENÇOE COM UM BELO DICLÓ (LENÇO)
ASSIM ESTAVA ESCRITO - MAKTUBE.
A uma pessoa não se lhe chama amiga "porque sim",contrai-se um compromisso feito de cumplicidade.
ResponderEliminarEu sinto que as Vurdóns são pessoas com quem posso contar num momento baixo, e esse é o motivo principal pelo que elas também podem contar comigo.
Suponho que não lerás isto até dentro duns dias, hoje estás "em capela"...
Apetecia-me escrevê-lo, por isso aqui fica até ao teu regrsso.
Hoje é um dia de expectativas, penso em ti a toda a hora, e amanhã mais, ponho-me no teu lugar, que é a forma que tenho de estar contigo!
Nada mais há a dizer!
ResponderEliminarA Cozinha dos Vurdóns fazem parte das minhas viagens na blogosfera.
Respeito e carinho.
Bjs a todas, Cozinha dos Vurdóns, Isabel, María, e um muito especial para a MJ.
Ana :)