terça-feira, 21 de setembro de 2010

Chegou o Outono! Barbara canta "Septembre"





Barbara foi uma figura única no mundo da canção francesa.

Pela sobriedade, para começar.

Em cena, muito magra, vestia um longo vestido negro, usava os cabelos cortados muito curtos puxados para o rosto, sentava-se ao piano e encantava.

Ouvia-a uma vez, na boîte "L'écluse", em Paris. Deslumbrou-nos, éramos muito jovens e tínhamos acabado de casar. Penso que fiquei de boca aberta o tempo todo...

E bati todas as palmas que pude até me doerem as mãos - mania que me vem dos tempos em que ia ver o Circo, com o meu pai e as minhas irmãs, hábito que não perdi.

Única, também, pela sua voz especial, pela qualidade dos poemas cantados e pela personalidade forte...

Viveu um vida difícil, o que era normal...
Aznavour, Edith Piaf, Moustaki, que vidas viveram?

Escreveu a sua autobiografia, "Il était un piano noir", onde conta as situações dolorosas, algumas bem trágicas da sua adolescência e juventude.

Hoje é o crítico literário Jerôme Garcin (que escreve todas as semanas sobre livros na revista "Le Nouvel Observateur") que lhe dedica um livro, com um belo título: "Clair de Nuit" (Folio).


Deixo-vos a indicação do livro, e a voz de Barbara... E a letra, para ajudar.

Estou a pensar nas minhas ex-alunas de francês, Guida, Alexandra, Mónica, Marty, Glykéria, Maria da Paz, Delfina, Filipa, Carol.

Enfim, dedico-vos esta canção desta cantora, que ouvíamos às vezes nas aulas da noite.

"SEPTEMBRE"

de BARBARA

(S. Makhno, 1965)

Jamais la fin d'été n'avait paru si belle,

Les vignes de l'année auront de beaux raisins,

On voit se rassembler, au loin les hirondelles,

Mais il faut se quitter, pourtant l'on s'aimait bien,

Quel joli temps pour se dire au revoir,

Quel joli soir pour jouer ses vingt ans,

Sur la fumée des cigarettes,

L'amour s'en va, mon coeur s'arrête,

Quel joli temps pour se dire au revoir,

Quel joli soir pour jouer ses vingt ans,

Les fleurs portent déjà les couleurs de Septembre,

Et l'on entend, de loin, s'annoncer les bateaux,

Beau temps, pour un chagrin, que ce temps couleur d'ombre,

Je reste sur le quai, mon amour, à bientôt,

Quel joli temps, mon amour, au revoir,

Quel joli soir pour jouer ces vingt ans,

Sur la fumée des cigarettes,

L'amour nous reviendra peut-être,

Peut-être un soir, au détour d'un printemps,

Ah quel joli temps le temps de se revoir,

Jamais les fleurs de Mai n'auront paru si belles,

Les vignes de l'année auront de beaux raisins,

Quand tu me reviendras, avec les hirondelles,

Car tu me reviendras, mon amour, à demain...


À la page des textes de Barbara

5 comentários:

  1. Olá João
    Faz-me saudades , mas nunca a ouvi ao "natural", no entanto a letra que escreveste, tb. faz bater mais o meu coração . Um beijito , por isso . Quem viveu lá , sente forte . Bjs. Madade

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  2. "Peut-être un soir, au détour d´un printemps"...

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  3. Ouvi encantado,olhando para a Serra de Mizarela a vestir-se de Outono,a luz da noite.
    Cordial abraço,
    mário

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  4. Et pourquoi pas?, Maria? au détour d'un printemps, un soir d'automne.

    Obrigada tb ao amigo Trepadeira...
    Barbara faz uma companhia muito boa nesses momentos em que a sensibilidade parece acordar...

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