segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Lembrando Fruttero & Lucentini, a "dupla" de dois escritores policias italianos



O filme "La Donna della Domenica", de Luigi Comencini (1975) é tirado do livro homónimo da "dupla" Fruttero & Lucentini


Carlo Fruttero nasceu em Turim, em 19 de Setembro de 1926. E vive ainda hoje na cidade, capital do Piemonte.
Transcrevo a notícia do blog “GIALLI/GEOGRAPHIA”:

“O nome de Carlo Fruttero esteve muito tempo ligado ao de Franco Lucentini, que nasceu em Roma em 1920 e morreu em 2002.
Campo de' Fiori, em Roma


Fundamental para o encontro bem aventurado que nasce entre ele e o escritor romano com quem escreve, a quatro mãos, romances sobretudo de género policial.
Juntos, escrevem:


La donna della domenica (1972)
La cosa in sé (1982)
Il palio delle contrade morte (1983)
A che punto è la notte (1985)
La verità sul caso D. (1989)
L'amante senza fissa dimora (1990), um mistery ambientado em Veneza
Enigma in luogo di mare (1991)

A seguir ao suicídio do colega, em Turim, a 5 de Agosto de 2002, Fruttero vai escrever sozinho:

Donne informate sui fatti (2006)
Ti trovo un po' pallida (2007)

No dia do seu aniversário –que hoje calha num domingo- como não falar de La donna della domenica, velozmente liquidado nos primeiros anos 70, com tons snob da crítica mas com o qual, na realidade, tal como declarou Andrea Pinketts:

poster do filme La Donna della Domenica

"Fruttero e Lucentini assinalaram a passagem do giallo (policial) italiano do dal gueto da subcultura aos planos elevados da literatura”.

Tem toda a razão, Nela San!

Recordo com saudade o programa que, durante algum tempo, tiveram os dois na Televisão italiana (RaiTv/cultura), programa literário interessantíssimo e vivo!

Hoje, descobri por acaso, no Youtube, uma passagem desse programa.

Intitulava-se: “L’ arte di non leggere”.

Lembro-me bem de o ver todas as semanas. Eram os finais dos anos 80...

Podem ir ver, ainda hoje é bom vê-los.

http://www.youtube.com/watch?v=XMrbtvkkbaU

O livro, La Donna della Domenica, foi levado ao cinema, adaptado por Luigi Comencini, em 1975, com actores fantásticos, como Marcello Mastroiani, no papel do comissário Santamaria, e Jacquelinne Bisset e Jean-Louis Trintignant.

Filme que não se esquece...

Como não se esquece o humor, a inteligência e a sensibilidade dos dois amigos: Fruttero & Lucentini.

Só me resta estar de acordo com Nela San, a autora do blog Gialli/Geografia...

Meno male che Carlo c’è!, como diz o autor do artigo que aqui vos deixo...

http://www3.lastampa.it/libri/sezioni/news/articolo/lstp/328062

Ainda bem que Carlo Lucentini ainda cá está!


2 comentários:

  1. Nunca vi um programa literário tão bom! Parabéns!

    MP

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  2. Obrigada, obrigada e uma vez mais obrigadissima para o post e agradeço contigo e com o journalista "Ainda bem que Carlo ainsi cà està"!
    Bye&besos

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