
A igreja de Santa Maria in Trastevere
o filme de Rouben Mamoulian, 1934, com o grande actor Frederic March
Já vos falei do meu amigo Luca Valerio, que é um artista italiano e que é filho da minha amiga Enrica, uma bela italiana que viveu a adolescência e juventude no Brasil e que regressou a Roma, anos mais tarde, onde a conheci... Bem o Luca foi o tal artista que foi a Moscovo participar num “evento cultural” -de que já aqui contei a história, em Junho.
Acontecimento cultural esse de cuja organização participou a jovem russa, Evgenia Bragina.
"Luca é um artista, pintor, gráfico. Viveu na Suécia, lutou corajosamente, lutando contra o frio, a neve, a distância dos suecos, e veio cheio de ideias, que pôs em prática.Hoje o caminho é “para Moscovo”!", dizia eu.
Bem. Vendeu 9 quadros, disse-me ele, foi bem recebido, muitas festas, vodka, comeu de certeza blinis com salmão fumado, e os óptimos pastelinhos pirojkis, e viu muitas russas bonitas e simpáticas.


o primeiro filme: o filme mudo, de John Stuart Robertson, com John Barrymore e Martha Mansfield (1920), no fundo, sempre A Bela e o Monstro...
Martha Mansfield, a Bela do filmeDe facto, o famoso livro de Stevenson "O estranho caso do Dr. Jekyll e do senhor Hyde" (1886) foi "transposto" para o cinema e para o teatro, ao longo dos tempos.
E o mito/drama do "duplo" Dr. Jekyll/Mr.Hyde impressionou várias gerações, desde sempre. A primeira adaptação terá sido, logo no ano seguinte à saída do livro, em Londres.
uma das primeiras representações teatrais, acontece em Londres: o actor Richard Mansfield, em 1887Dentro de nós poderá existir um Duplo? Um alter-ego? Uma coisa estranha que nos leva a transformar-nos no "outro", no "monstro"?

No livro, o caso é levado ao extremo: o médico e o monstro... O médico que se transforma num ser hediondo, um monstro, com poderes destructivos... E que recusa essa condição de duplicidade.
Jonh Barrymore, médico e monstro, no filme de J. Stuart Robertson, em 1920Agora no teatro do Trastevere (o Trastevere é um dos bairros mais belos e mais populares de Roma, e a Piazza di Santa Maria in Trastevere é dourada, linda!), a Associação Teatral "Gli Arpagoni" e a Associação Cultural "Novembre" apresentam a peça.
O meu amigo Luca encarregou-se do cenário, etc, enfim, do chamado hoje Artwork.
É dele a locandina -o cartaz- que publicita a peça- que inicia este post, lá em cima...
"In bocca al lupo!", escrevi-lhe ontem, que é o modo de dizer italiano para "esconjurar" o mal, tirar o azar, desejar boa sorte: "na boca do lobo!", ao que se deve responder: "Crepi il lupo!"
Os italianos são muito supersticiosos... Portanto: "que morra o lobo!"
Respondeu-me, hoje:
"Crepi il Lupaccio (que morra o "lobão")! la prima serata è andata benissimo...Super Pienone!!"
A estreia correu bem! Casa cheia! Auguri! Boa sorte. E a boa disposição de Adriano Celentano sempre ajuda...
Os Azzurri!
Vou desejar ao Luca o que se diz em Espanha nestes casos (os espanhóis somos muito brutos...):"¡Mucha mierda!"
ResponderEliminarIsto começou-se a dizer há séculos, quando se ia ao Teatro em carruagens, e claro, se a rua ficava bem suja,era porque tinham vindo muitos cavalos...
Certamente todos levamos dentro um pequeno monstro adormecido,por isso a figura do Dr. Jekyll com o seu senhor Hyde se tornou em todo um símbolo.Beijinhos
Em França diz-se o mesmo e em Itália sempre melhor esta do "lobo" do que outra coisa qualquer...
ResponderEliminarVou-lho transmitir.
Nós os portugueses é que somos (?) muito bem educados. Bem, nestas coisas... De resto, fala-se muito mal!
beijos
Estan otras maneras de augurar buena suerte en Italia..pero no son muy educadas ;))
ResponderEliminarGrazie ancora Maria del tuo affetto e del tuo supporto!!
Luca