Chegando ao Alentejo...
Saindo do Redondo...
Estrada de curvas para Marvão...
Campos, campos, campos...
PORTALEGRE
"em Portalegre, cidade/Do Alto Alentejo, cercada/De serras, ventos, penhascos e sobreiros..."
última página da novela "Davam Grandes passeios aos domingos", de José Régio, que se passa em Portalegre
As chaminés da antiga "fábrica da rolha" da minha infância, onde soava a sirene quando havia um fogo...
o Liceu onde o poeta José Régio ensinou tantos anos
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia,
Rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Lembrando outros momentos, ouvindo Chopin...
O castelo de Estremoz...
O REDONDO
"é na vila do Redondo/ que eu tenho meus cuidados/ tenho lá tantos amores/ como telhas nos telhados" (canção alentejana)
O Redondo fica na Serra de Ossa
Saindo do Redondo...
Estrada de curvas para Marvão...
MARVÃO
Várias perspectivas de Marvão, e o seu castelo, o ninho das águias. E agora descemos para Portalegre...Campos, campos, campos...
Entrando em Portalegre, pelo Senhor do Bonfim...
PORTALEGRE
A "velha" Rua Nova...
No Centro da cidade, fica o largo da República, com vista para a Serra da Penha
Portalegre, duas vistas do Largo da República, o antigo Largo do Corro
última página da novela "Davam Grandes passeios aos domingos", de José Régio, que se passa em Portalegre
As chaminés da antiga "fábrica da rolha" da minha infância, onde soava a sirene quando havia um fogo...
o Liceu onde o poeta José Régio ensinou tantos anos
Toada de Portalegre
"Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos e sobreiros
Era uma bela varanda,
Naquela bela janela!
Serras deitadas nas nuvens,Naquela bela janela!
Vagas e azuis da distância, Azuis, cinzentas, lilases,
Já roxas quando mais perto,
Campos verdes e Amarelos,
Campos verdes e Amarelos,
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia,
Rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Pareciam engolir-me
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Sentia o chão a fugir-me (...)"
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Sentia o chão a fugir-me (...)"
Descendo pelo Rossio, deixando para trás Portalegre.
As recordações, a infância, as pessoas desaparecidas, tudo se afastava na memória. E "sentia o chão fugir-me", como dizia o Poeta....
Lembrando outros momentos, ouvindo Chopin...
Nocturno opus 9, nº 2, de Chopin, tocado por Rachmaninoff
Gostei muito.
ResponderEliminarA última foto é muito misteriosa (?)
Excelente reportagem.
ResponderEliminarChopin e Régio,talvez,prefiro-o mais com Rachmaninoff.
Cordial abraço,
mário
María, a última foto - a misteriosa- é a última casa onde viveram os meus pais, numa quinta na Serra de São Mamede, que me "persegue" porque ficou "vazia" de tudo, (sobretudo depois da morte do meu pai), apesar de estar ainda cheia de coisas.
ResponderEliminarEstá à venda, aliás...
beijos
Muitos parabéns, Maria João, que conte muitos com saúde e alegrias.
ResponderEliminarOlhe que me disse o Gabriel, no dia 5 (e não dia 7, então não viu que até foi feriado?), que quem festeja muitos aniversários vive uma vida longa. Vale a pena meditar sobre isso.
Gostei muito das fotografias alentejanas... e das legendas.
Eu tenho andado por lá, virtualmente, por mor de um longo trabalho, que estou a escrever, sobre os judeus "antes de ser Portugal".
No Redondo, conhece a Rua Arnilde e Eliezer Kamenesky? Eu conheci-o, sem nunca lhe ter falado. Era um personagem muito interessante, que talvez tenha visto algumas vez nas ruas de Lisboa.
Se não conhece, talvez queira ler o que escrevi sobre ele, no meu "triste e abandonado" (por falta de tempo) site:
/www.steinhardts.com/ishluz/Kamenezky.html
Saudades ao Manuel e um beijinho para si da Gusta, e outro meu.
Tel Aviv tem saudades vossas
Inácio