“Num século em que a cultura é tecnológica, é preciso re-descobrir as virtudes das “humanidades” e de uma formação geral de ordem intelectual e moral.”
São palavras de uma estudiosa da Grécia e do Helenismo.
São palavras de uma estudiosa da Grécia e do Helenismo.
Tem 93 anos e chama-se Jacqueline de Romilly. Nasceu em 26 de Março de 1913, em Chartres. Estudou filologia e história, especializando-se no historiador grego, Tucídides.
Formada pela famosa Escola Normal francesa, primeira mulher a ser eleita para o Collège de France, “cidadã” honorária da Grécia, em homenagem aos seus combates pela Cultura Grega antiga, em 2002 é nomeada “embaixadora do Helenismo”.
Membro da Academia Francesa, em 1988, é a segunda mulher, depois de Marguerite Yourcenar, a entrar para a Academia.
De origem judaica por parte do pai, foi suspensa das suas funções de professora durante o regime de Vichy, em 1941, tendo de viver escondida.
Faz o doutoramento em Letras, em 1947.
Membro da Academia Francesa, em 1988, é a segunda mulher, depois de Marguerite Yourcenar, a entrar para a Academia.
De origem judaica por parte do pai, foi suspensa das suas funções de professora durante o regime de Vichy, em 1941, tendo de viver escondida.
Faz o doutoramento em Letras, em 1947.
Dizia ela na entrevista: “Tucídides foi o homem da minha vida!” (*)
Considera-o o primeiro verdadeiro historiador pois foi o primeiro a procurar “a causa mais verdadeira e a menos confessada, libertando a História das contingências divinas e do anedótico, ditando assim as bases da objectividade histórica”.
Com mais outros seis “sábios” foi eleita pela revista “Le Nouvel Observateur” um dos “sete gigantes do pensamento do século XX ainda vivos”.
Com ela, entre outros, escolheram Jacques Le Goff, historiador, François Jacob cientista, Edgar Morin, etc. A eles é dedicado esse número da revista que a todos vais entrevistar (nº 2387 de 5 a 11 de Agosto de 2010).
Mulher de grande lucidez, defende posições bem interessantes nos tempos que correm, como, por exemplo, a importância da filosofia e de outras disciplinas dos “estudos clássicos” no curriculum dos estudantes das “áreas científicas” –além das outras, evidentemente.
Lembra que ainda há na Europa quem o tenha compreendido: “as universidades anglo-saxónicas, cujos licenciados em Helenismo podem ser igualmente banqueiros ou astrofísicos”.
Para ela, o século de Péricles, foi o primeiro “século das luzes”.
Lúcida, inteligente e com enorme sensibilidade, pouco fala de si, dizendo que o seu sucesso se deveu apenas a “estar no sítio certo”, quando a situação da mulher começou a mudar.
É bom ver que as pessoas de valor guardam, quase sempre, modéstia e simplicidade...
Pensei que era interessante deixar-vos mais esta “mensagem” sobre o saber...
(*) Tucídides viveu no século V a.C, o chamado "século de Péricles", nome do grande estadista ateniense.
Considera-o o primeiro verdadeiro historiador pois foi o primeiro a procurar “a causa mais verdadeira e a menos confessada, libertando a História das contingências divinas e do anedótico, ditando assim as bases da objectividade histórica”.
Com mais outros seis “sábios” foi eleita pela revista “Le Nouvel Observateur” um dos “sete gigantes do pensamento do século XX ainda vivos”.
Com ela, entre outros, escolheram Jacques Le Goff, historiador, François Jacob cientista, Edgar Morin, etc. A eles é dedicado esse número da revista que a todos vais entrevistar (nº 2387 de 5 a 11 de Agosto de 2010).
Mulher de grande lucidez, defende posições bem interessantes nos tempos que correm, como, por exemplo, a importância da filosofia e de outras disciplinas dos “estudos clássicos” no curriculum dos estudantes das “áreas científicas” –além das outras, evidentemente.
Lembra que ainda há na Europa quem o tenha compreendido: “as universidades anglo-saxónicas, cujos licenciados em Helenismo podem ser igualmente banqueiros ou astrofísicos”.
Para ela, o século de Péricles, foi o primeiro “século das luzes”.
Lúcida, inteligente e com enorme sensibilidade, pouco fala de si, dizendo que o seu sucesso se deveu apenas a “estar no sítio certo”, quando a situação da mulher começou a mudar.
É bom ver que as pessoas de valor guardam, quase sempre, modéstia e simplicidade...
Pensei que era interessante deixar-vos mais esta “mensagem” sobre o saber...
(*) Tucídides viveu no século V a.C, o chamado "século de Péricles", nome do grande estadista ateniense.
Escreveu "A História da Guerra do Peloponeso" que conta a guerra entre Esparta e Atenas ocorrida no século V a.C.
Preocupado com a imparcialidade, relata os factos com concisão e procura explicar-lhes as causas.
Tucídides escreveu essa obra pois pensava a Guerra do Peloponeso fora um acontecimento de grande relevância para a história da Grécia. Esta sua obra é considerada no mundo inteiro como um clássico, e representa a primeira obra de seu estilo.
Obras de Jacqueline de Romilly, em português:
"A Tragédia Grega"
Editora: Edições 70
Colecção: Lugar da História
Ano: 2008
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