


Jazz
Numa cadência de enigma
Entrecortada de espasmos
Saltos berros mil ruídos
O jazz canta a saudade
Dum sonho que não se sabe.
Chora o jazz a velha perda
Dum paraízo qualquer
Deixado em longes de sombra.
E no seu ritmo diverso
Langoroso e crepitante
Martelado e insistente
Triste e cheio de alegria
Passa a sombra dolorosa
Do que há muito está perdido.
Adolfo Casais Monteiro, in “presença” nº 22
E ouçam Billi Holiday.
Não conhecia este poema, ou não me lembro de o ter lido.
ResponderEliminarGosto de Jazz e de Adolfo Casais Monteiro.
Obrigada por esta mais-valia.
Beijo!
Também gosto. Sabe, encontreio-o na edição "facsimilada" da revista "presença" que é uma coisa maravilhosa: tem lá a presença toda.
ResponderEliminarUm beijo também