quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Lucky Luke, Jollly Jumper, os irmaos Dalton e o Novo Ano 2011...

Saiu um novo livro de aventuras da B.D. do Lucky Luke (*). Chama-se "Lucky Luke contra Pinkerton".
Fui comprá-lo logo...

Acho que os bons sentimentos, io “lonely cowboy” pelas estradas da Califórnia (?), as saudades dos fimes de John Ford com o John Wayne me faziam falta.


Lá vai o solitário que chega devagar como num spaghetti western, em cima da sua égua Jolly Jumper, ele com uma beata ao canto da boca, ela de flor atravessada nos dentes.

Atrás, por vezes, fica o cão Rantanplan, o eterno iludido, o cão mais parvo do mundo.

Penso que hoje já lhe tiraram a beata da boca (foi até já há uns tempos...) e lhe puseram um raminho (não de salsa, felizmente...) de ervas.
Pobre Lucky Luke, “politicamente” correcto”, obrigado -como tantos outros mortais hoje pelo mundo fora- a esconder-se num cantinho do saloon para fumar o cigarrinho em paz.

Como tantos homens e tantas mulheres, nas manhãs frias, encostados à parede ao lado da porta do emprego, tiritando para não perturbarem o ar dos outros humanos, parece que “mais mortais” do que eles.
Eu que não sou fumadora, tomo o partido do velho cowboy com a beata acesa, herói tão forte como Humphrey Bogart com o seu eterno cigarro...
Lá vem ele a cantarolar “I’m a lonely cowboy far away from home, lalala”. De regresso de uma missão secreta no México.

Lá entra na aldeia do oeste selvagem mais a sua canção e o seu coração puro, melena caída para a frente e lenço vermelho atado ao pescoço (ou era o John Wayne que tinha o lenço vermelho?), à procura de novas aventuras, de novos mundos para desbravar e para limpar do mal...
Desta vez surge a Agência Pinkerton como concorrente. Um novo herói surgira: Allan Pinkerton.
A célebre agência de detectives onde trabalhou Dashiell Hammett? A célebre Pinkerton cujos agentes prenderam Jesse James e outros bandidos do Oeste?

Pois é: ao voltar da tal missão, Lucky descobre que há outro herói que o substituiu no coração dos americanos: Allan Pinkerton!

A célebre Agência tem outros métodos e a concorrência torna-se difícil...

Por lá aparecem também os irmãos Dalton nas suas malandrices, roubos, cadeia e fugas do costume.

Tudo acaba bem. Como sempre...
Se assim sucedesse no ano que se aproxima era bom!
O ano de 2011 a entrar, com os Dalton (& Metralhas, já agora) todos na cadeia.
Em todo o mundo!

Para ir ler já, antes que o ano acabe!
Para acabarmos o ano a rir, e a acreditar em dias melhores...
Nota:
A verdade é que o novo álbum escrito pelos dois escritores Daniel Pennac (francês, nascido em Casablanca, no dia 1 de Dezembro de 1944, autor de livros para rapazes e de um livro muito interessante “Comme un roman” sobre as leituras e os livros) e Tonino Benaquista (escritor e realizador francês de origem italiana, nascido em Choisy-le-Roi, no dia 1 de Setembro de 1961) dois escritores de qualidade, mantém o nível do texto do bem-amado Goscinny.
Alguns videos para recordarem.
(*)
O mais célebre cowboy da banda desenhada europeia foi criado na Bélgica por Morris, aliás Maurice de Bévère, em 1946.
A evolução gráfica da personagem Lucky Luke - o cowboy que dispara mais rápido que a sua própria sombra -, que se tem registado desde 1946, é muito significativa: as formas arredondadas que apresentava inicialmente faziam com que a personagem denotasse muita influência do cinema animado, área onde Morris tinha trabalhado antes.

A indumentária era já em tudo idêntica à que lhe é conhecida: chapéu branco, lenço vermelho, camisa amarela e calças pretas, que depois passaram a azuis, mais em consonância com os jeans.

(...)
A sua primeira aparição verificou-se no Almanach Spirou 1947, anuário da revista Spirou, publicado a 14 de Novembro de 1946, com a história "Arizona 1880".

(...)
O primeiro episódio que contou com René Goscinny como argumentista foi Carris na Pradaria, publicado na Spirou a partir de 25 de Agosto de 1955.

(...)

Após a morte de Goscinny (1977), Morris teve diversos argumentistas para Lucky Luke.
Morris faleceu a 16 de Junho de 2001 mas, ao contrário de Hergé, nunca manifestou discordância na continuação da série, desde que fosse mantido o espírito e o grafismo.

(...)
O início dos anos 90 do século XX ficou marcado pela estreia do filme Lucky Luke, adaptação a personagens de carne e osso, realizado e protagonizado por Terence Hill (Lucky Luke). "

Em 2005 estreou o filme Os Irmãos Dalton, de Philippe Haïn.

Em 2010, sai o novo álbum, escrito a quatro mãos, por Daniel Pennac e Tonino Benacquista

1 comentário:

  1. Olá,
    Lucky Luke, que saudade!...Os irmãos Metralhas, coitados até eram bem «anjinhos», agora a sofisticação da «metralhada» do gamanço é de deixar uma pessoa parva!
    Um bom ano para si pessoalmente, já que para muitos as esperanças estão abaladas!
    Um abraço,
    Manuela

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