Tony Gatlif
Em resposta ao meu post sobre a história e a cultura do povo Rhom, fui homenageada ontem com uma receita, no blog "cozinha dos vurdóns", que tem o meu nome!
Continuando a história...
Basta ver o que se passou recentemente em Bagdad e, há dias, em Alexandria em que a fobia religiosa de uns destrói a liberdade dos outros...
Dizem as minhas novas amigas:
"Um pequeno comentário sobre o filme Latcho Drom - basta ver e ouvir e por vezes fechar os olhos nas músicas de lamento, é história contada sobre palmas e pés, da diversidade de um povo. Pena que poucos o tenham visto. Julgar, condenar ou mesmo criticar outros povos, faz parte da nossa cultura de poltronas e almofadas.
Por vezes nos apoderamos do que belo que há em outra cultura e nos afastamos do todo. Afirmamos isso porque somos descendentes, não nascemos nos Vurdóns, mas sabemos os palmeados, nao sofremos perseguições, mais ainda ouvimos : " ciganos comem criancinhas?"
O filme é um pouco isso, não precisa entender a língua, basta ser humano e compreender que a forma mais certa de matar um povo é matar sua cultura, não aceitar sua evolução e não respeitar sua descendência.
(Cozinha dos Vurdóns/Homeopatas dos Pés Descalços)
(*) Nota M.J.F: Porrajmos é a palavra cigana para significar "holocausto"
Bem. Agradeço do coração!
E aproveito para falar um pouco mais de Tony Gatlif e do filme Latcho Drom (que venceu em Cannes o título de "melhor documentário", em 1994).
E também dos outros filmes dele: de Mundo e Gadjo Dilo (que terminam a trilogia, iniciada com Latcho Drom), de TranSylvânia e Exílios (com o qual ganhou em 2004, em Cannes, a Palma de Ouro).Michel Dahmani (Argel em 10 de Setembro de 1948 ), mais conhecido como Tony Gatlif, é um director, músico, guionista, produtor e actor argelino-francês de etnia romaní.
Nasceu pois na Argélia, de mãe cigana andaluza e pai argelino. Nos seus três fimes rendeu homenagens à sua origem, ao seu povo e à música flamenca.Vai para Paris, onde vagabundeia, fazendo a sua cultura nas cinematecas.
Em 2004, com "Exílios", ganhou a Palma de Ouro, do Festival de Cannes, para o melhor realizador.
Parabéns por essa simpática homenagem que bem mereces.
ResponderEliminarNa España a arte cigana escreve-se com maiúsculas. Deixo só uma resenha a modo de homenagem também:
- "Los Tarantos", con a incrível Carmen Amaya e um jovem António Gades, filme inspirado nas Bodas de Sangue de Lorca, candidato aos Oscar em 1963
-Carmen del escritor Mérimée,luego del compositor Bizet, del cineasta António Gades y de Vicente Aranda em 2003
-El Amor Brujo de Falla, luego filme de Carlos Saura
-Gitano,de Manuel Palacios, con Joaquín Cortes
- Carmen de vicente Aranda, con Paz Vega
- Camarón de la Isla, cantaor universal do Flamenco,etc!
Beijinhos
Adorei o post!
ResponderEliminarE tenho a dizer que a raça cigana está diferente, muito diferente de há uns anos atrás. A nossa mentalidade foi mudando, mas a deles também.
Beijo do Alentejo!
Obrigada. Maria, pelo contributo que trazes e que eu conhecia só por "ouvir dizer".
ResponderEliminarHá tempos vinha uma notícia sobre Camarón de la isla (talvez no El país) e fiquei entusiasmada!
Penso, Carlota, que algumas mudanças houve na humanidade a que todos pertencemos e algumas foram boas!
Nós somos as duas optimistas, eu sei.
Outras...são para fugir, não é?
Beijinhos
Thank you for your comments.
ResponderEliminarMerci,
xx