o último discurso de Obama, ontem no Congresso
“Esta é a nação de Edison e dos irmãos Wright, de Google e de Facebook; a inovação não é para nós apenas um meio de mudar a nossa vida, é a nossa forma de viver", disse o presidente.
“Barack Obama voltou “ligar-se” com os americanos e no último discurso assinalou-lhes um caminho de esperança, se bem que penoso, para o futuro", refere o El país.
"O presidente falou da transição entre um país que sai debilitado de uma aguda crise económica e outro que se dispõe a encarar um tempo novo, decidido a competir, a dotar-se de instrumentos que permitam fazê-lo nas condições adequadas.”
“Esta é a nação de Edison e dos irmãos Wright, de Google e de Facebook; a inovação não é para nós apenas um meio de mudar a nossa vida, é a nossa forma de viver", disse o presidente.
"Somos capazes de fazer grandes coisas", repetiu várias vezes.
Fiquei a pensar nisso.
Penso que é importante que os dirigentes falem às pessoas, com verdade, mas sem "cortar" completamente a esperança no futuro!
Nós também somos capazes de grandes coisas! Mas ninguém nos "empurra" para elas!
Ninguém ajuda a "encarar" o que aí vem.
Com realismo, mas com esperança!
Chocam-me os discursos negacionistas e vazios, de resignação na desgraça, em que nada é sugerido "para mudar", nenhuma solução é dada, nada é explicado.
Não somos um país com as potencialidades da América, nem com a capacidade inventiva que eles têm.
Provavelmente, não...
Mas por que razão tanta gente jovem e menos jovem "foge" daqui do país, quando depois, noutros locais, se lhes reconhece "qualidade"?
Quem diz que -aqui- também não seremos capazes?
Com outros meios?
Impressiona-me, magoa-me o desabafar das minhas colegas professoras: a mágoa, a raiva, a vontade que vacila, a dúvida. Porque são os professores que poderão "ajudar" na mudança!
No entanto... As contínuas depressões e tratamentos são o que há de mais comum, na classe...
Escreve-me uma grande amiga, que foi minha aluna em tempos que já lá vão.
Desabafa, longa e amargamente:
“Estou muito zangada com a vida que levo e sinto uma grande revolta que me torna amarga.
Não sei se o defeito é do medicamento que tomo contra a depressão, ou se é ele que me “permite” ver melhor, e indignar-me contra a vida que tenho levado nestes últimos tempos.
Sou uma escrava de trabalho e para quê????
Não me respeitam...
Não me respeitam...
Cada vez a minha profissão tem menos dignidade, não progrido na carreira desde 2003 e ainda me roubaram 150 euros no ordenado...
Para quê todo o esforço, falta de tempos livres, de fins de semana, para quê???
Ou seja sinto-me cada vez mais zangada com a vida e não sei se isto é bom se é mau!
O que acha? ”
Como a compreendo!
"Foi isto que nós escolhemos fazer? Papelada? Ficheiros? Reuniões que se eternizam? Acções de formação que ocupam sábados inteiros, domingos em que nem há paciência para falar com os filhos ou maridos? Colegas que se degladiam para subir, que "escondem" dos outro colega o trabalho que prepararam?" interrogam-se alguns.
"O que escolhemos não foi, antes, ensinar, proporcionar conhecimentos, ajudar, abrir caminhos? Criar, com os alunos, um "conhecimento"? Participar com os outros professores na criação do sistema melhor, no que resultasse realmente?"
Ver este desorientamento, perturba-me. Não sou já professora, mas serei sempre professora e vivo tudo isto com raiva também.
Por isso quando leio que alguém há que "anima", "confia" nos outros, que se"entusiasma" e acredita, eu digo: Bravo, presidente Obama!
"Todo o discurso foi um grito de vitalidade e de entusiasmo, de confiança nas forças deste povo e de alento para o demonstrar", continua o jornalista, que refere o cometário do analista político da CBS Slate John Dickerson:
"O discurso foi um programa de 12 pontos sobre como prender os americanos ao sonho que manteve vivo este país desde o seu nascimento".
Não batam mais nos professores! Deixem-nos ajudar a "mudar" o que deve ser mudado!
A serem eles um ponto positivo na crise...
O Sonho não é contraditório com Realismo. O caminho para o nosso futuro vai ser difícil, mas não nos tirem o Sonho!
Não nos tirem a Esperança!
Olá querida amiga,
ResponderEliminarGosto sempre muito das tuas postagens e fui ler para trás, eu também tenho uma admiração grande por Amstrong, que foi um excepcional artista.
Sobre o teu desabafo, evidentemente que estamos a atravessar um período difícil e desmotivador, porque estamos a sacrificar-nos para alimentar uma máquina que «apodreceu» sem esperança de objectivos, apesar de termos um PM carregado de optimismo «balofo», quem acredita nele???
Alternativas? Isto parece um beco sem saída!
As pessoas sentem-se mal e sem futuro!
Estarei a ser demasiado catastrófica?
Beijos,
Manuela
Ao Falcão, de Jade e o Falcão Americano.
ResponderEliminarProfissão é vocação ... cada vez que sufocamos isso a coisa vira.
sociedade somos nós ... nós construimos canais fugas para a desesperança toda vez que dizemos : não vou me involver nisso ou naquilo. Rotulamos tudo e os bons se calam ... Vive ou cresce um país ou um povo se não tiver educação, liberdade e comida?cLARO QUE NÃO.
Obama tem sido um falcão solitário que quase foi abatido, pela miséria do poder político, o lado ruim do sonho americano, o pesdelo. Mais lá vem ele, dando a volta por cima. Porque pra ele não foi nada fácil o sonho americano, ele reconhece as dificuldades e teve uma cultura que o levasse a crescer como pessoa nas dificuldades.
As vezes não entendemos que temos de mudar ... nascer e morrer no mesmo lugar talvez não pertençam a todos. Isso deve ser escolha e não a única solução. Se te empurarem de um penhasco, não se incomode, voe.
Votamos em quem nos corta as asas e a alma de um povo reside na cultura e na liberdade de errar e acertar. Uma vez me disserem num congresso a trabalho: a maior virtude do Brasil é seu maior defeito. E sabe qual é? o jeitinho...acertaram em cheio. Nossa imensa criatividade para soluções e ações nos dão prémios no exterior, fazemos isso muito bem ...por outro lado remendamos tanto situações urgentes que quando estoura, vira irresponsabilidade e falta de vergonha, de carater. "SOMOS FEITOS DO TECIDO DE NOSSOS SONHOS, SE DEIXARMOS DE SONHAR, MORREMOS."
Fácil não é, mais é possível ... não somos americanas, mais voaremos os mesmos sonhos, quanto tempo se esperou para um presidente negro, uma Rússia livre, um Brasil governado por uma mulher? Sonhemos ... 5 abraços, quam disse que poderíamos fazer isso a um tempo atrás?
Cozinha dos Vurdóns
Na pergunta dos Vurdóns está a resposta: temos que pensar que apesar de tudo o mundo avança, temos que unir-nos e actuar em vez de lamentar-nos.O mundo é dos jovens, são eles que têm a obrigação de não resignar-se nunca.O exemplo de Túnes é esperançador, a união faz a força.
ResponderEliminarBeijinhos