Olhares pelo Alentejo: Marvão

Marvão fica no alto da serra, a mais de 800 metros de altitude, lá bem no alto. De lá, olha o vale.

Abarca terras até Espanha, e, nos fins de tardes límpidas, pode ver-se mesmo a serra da Estrela.

Em baixo, o vale do Sever. Avista-se Santo António das Areias de um lado, as estradinhas que vão pela serra de São mamede, atravessando o Monte Carvalho, as Reveladas, S. Julião até chegar a Portalegre e ao reguengo e Alegrete.

Do outro lado, fica Castelo de Vide, Póvoa e Meadas e outras serras.

E os milhafres voam por ali perto. Alguns falcões também. Há quem fale no ninho de águias.

Enfim, não direi mais nada e deixo-vos as imagens que dizem mais do que todas as palavras.

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Deixo à minha amiga Ana, do blog In(Cultura), a(s) fotografia(s) que escolhi para ela. Viveu em Santo António das Areias e conhece Marvão melhor do que ninguém. prometi tirar uma fotografia especial para ela... mas acabei por escolher estas três primeiras, logo aqui em baixo ( e mais uma, com o gato...)

Para a Ana, para a sua sensibilidade.

Chegámos numa noite de nevoeiro cerrado em que nem se via o desenho da estrada. Como me diria na manhã seguinte a D. Rosa, personagem maravilhosa da terra:

"A gente vai ali agarradinhas ao volante, de olhos abertos e não vê nada! Adivinha-se o caminho... Só a risquinha branca ao lado. E mais nada!"

Tinha carradas de razão a D. Rosa! Como sempre tem...

Começo pois pelas fotografias, da manhã de nevoeiro que se seguiu.

Depois, em breve chegou o sol, mais o maravilhoso céu azul riscado de nuvens e as cores variadas das serranias, dos penhascos, das pedras das ruas e das muralhas do castelo. E dos xistos, e do musgo incrustado no granito há séculos!

E aí está a vila nos seus contrastes: casas senhoriais, pórticos de igrejas medievais, casas de uma simplicidade monacal. Ruelas tortuosas, de pedra quase solta em que se tropeça, em degraus, e ruas empedradas geometricamente desenhadas. Vasos de flores, sol nas janelas, névoa nos céus, enfim um pouco de tudo!