Continuando a falar de viagens e fotografias, volto atrás a um passeio a Portalegre, e Marvão, passando antes por Estremoz e pela aldeia dos Arcos.
o "largo" dos Arcos (não pude tirar de lá o tractor...)
pelas ruas, à procura da Adega do Sr. Gato
Ali perto, fomos parar à aldeia dos Arcos, na estrada para Borba e Elvas, a uma adega maravilhosa, a Adega do Sr. António Gato.
na rua da adega do Sr. António Gato
Sítio inesquecível! Quando virem as fotografias vão perceber melhor...
Só ontem consegui passá-las do telemóvel para o computador, com um cabo USB super-especial.
Por issso, só hoje as pude "publicar" e assim falar deste local...
Nunca vi nada igual!
Nunca vi nada igual!
Para além disso, o vinho (do Alentejo) era mesmo bom e (eu confesso que prefiro água, desculpem), melhor ainda, eram as iscas que a mulher do Sr. António, a D. Joana, tinha cozinhado. Coisa que eu adoro mas nunca faço em casa porque as "iscas" me saem mal, muito duras e secas...
Além das iscas, havia também frango do campo, da capoeira deles, frito, esparregado de espinafres com miolo de pão caseiro, pimentos vermelhos assados, azeitonas retalhadas e queijinho de ovelha curado, e etc.
Mas o que me deixou encantada foi aquele ambiente quente, de simpatia, o silêncio, a penumbra.
Neste momento confesso que pensei na Fernandinha, na Guida e em certos passeios e brincadeiras, a cantar: "Disse pr'a mim, ó Tavares! Se esta pipa fosse nossa!"
Aqueles tectos de pé alto, tectos em traves de madeira, as paredes caiadas de branco, onde se perfilavam, encostados a elas, odres de barro (ânforas? bilhas? pipas?) gigantescos de uma elegância e proporções extraordinárias, cheios de vinho.
Imaginei também a frescura nas tardes de Verão alentejanas...
Lá ao fundo, agora, duas ou três pessoas falam ao balcão com o Sr. António Gato.
Tínhamos acabado de comer e fui lá dentro, às traseiras da casa, ter com a D. Joana e ver o quintal.
Fiquei espantada com os limoeiros, cheios de limões gigantes, e com as florzinhas perfumadas a rebentar nalguns ramos.
O que me tem acontecido ver de há uns tempos para cá: os rebentos das árvores de fruto começam a vir fora, rebentam cheios de força, mas parece-me que cedo de mais...
Lembro os versos do poeta Camilo Pessanha:
“Floriram por engano as rosas bravas (as flores do limoeiro...neste caso)/
no Inverno, veio o vento desfolhá-las...”
O Inverno ainda aí anda e vai durar. O que vai ser das florzinhas do limoeiro da D. Joana?
É verdade! Inesquecível! Gente dessa e vinho tão bom, mais os "petiscos", só no Alentejo (e na Beira Alta...)!
ResponderEliminarOlá Maria José,
ResponderEliminarObrigada pelo passeio, as fotografias estão óptimas e Alentejo, Alentejo...é fascinante! Gosto muito do Alentejo na Páscoa, estou a pensar voltar, porque lá sempre se volta com muito prazer!
Beijos,
Manuela
Só não concordo com essa de preferir água ao vinho... Mas as fotos dizem tudo sobre o que teria sido bom esse passeio...
ResponderEliminarO que vai ser da d. Joana?
ResponderEliminarDepois desta maravilhosa viagem não deixarei de visitar a adega do sr. Gato.
ResponderEliminarCordial abraço,
mário
Muito curiosa a adega do Sr. António. Esses recipientes usavam-se desde a Antiguidade para transportar vinho e azeite. A prova de que são antigos é esse remendo que tu mostras feito com grapas de ferro!
ResponderEliminarTambém só bebo água,colega,apesar de viver numa terra de bom vinho. Aqui há umas adegas ("bodegas")lindas e famosas, muito visitadas — de Osborne, Terry, Gonzalez Byass, Croft...
Beijinhos
Os potes e o silêncio do jardim onde despontam as flores do limoeiro mostram a pujança do Alentejo!
ResponderEliminarNão bebo regularmente mas sou apreciadora de bom vinho e os alentejanos, especialmente de Portalegre, são excelentes!
Beijinhos!
Cara,
ResponderEliminarEssa matéria foi pra nós um presente, AMAMOS VINHO ... Já os vinhos Portugueses sempre nos rondando, seja no dia a dia, seja em uma de nossas festas. Precisamos conhecer de perto.
Os limoeiros da Sicília - prego bella, troppo buono.
5 bjs
Cozinha dos Vurdós... Boa eleição a todos e votos de feliz escolha, estabilidade, leveza, democracia e esperança ... sempre.
Tirando algumas divergências, por causa do vinho, acho que estamos de acordo: o Alentejo é bonito, silencioso, tranquilo!
ResponderEliminarSometimes...
Mar arável: não pense que só penso nos limoeiros...felizmente vi que a D. Joana é tudo menos parva e não é fácil a geada deitá-la abaixo: alentejana dos quatro costados, está ali pr'a luta!...
Grande abraço a todos!
É bom "ouvi-los"!
Foi engraçado rever as fotos, e ler algumas coisas que me disse na altura.
ResponderEliminarEstas são as imagens que antecederam o nosso encontro.
Um abraço!
É verdade, Carlota!
ResponderEliminarHoje conhecemo-nos melhor...
Vai ver a receita de "arroz" que me ensinaram!
bjs