O meu entusiasmo foi tão grande, ao ver -ao vivo!- "a casa" do Sherlock Holmes, a sala, os móveis, o sofá ao canto da lareira, a janelinha sobre Baker Street com a cortina meio erguida, tal como a imaginara, que não resisti e tirei fotografias atrás de fotografias...
Parecia-me, de certo modo, ter recuperado o espírito da minha infância, quando tudo era possível, até tirar uma fotografia sentada no sofá de Holmes, em frente do [falso, mas tão verdadeiro!] Dr. Watson, com o boné do Sherlock Holmes na cabeça, a rir, tão divertida como quando ia ao circo (esta foto não a mostro, claro!).
Comecei logo à porta, a fotografar o polícia que, na brincadeira, enquanto endireitava o chapéu e ajeitava a capa das noites de nevoeiro, da Londres dos tempos de Jack o Estripador, e das aventuras de Sherlock e do Dr. Watson, dizia:
-"E se ela voltasse a estar na moda?..."
Depois, entrei e, deslumbrada, fui subindo as escadas: primeiro, segundo andar, e tudo era igual às histórias:
a mesa do Dr. Watson -cuja "figura" perfeitamente reconstituída nos pormenores, que, por acaso, entrou antes de nós, vindo do "pub" ali ao lado- nos ia explicando:
-"Esta é a minha mesa e aqui em cima da cadeira está a minha mala com os instrumentos...". Apontava noutra mesa, a lupa de Holmes, o violino ao lado do sofá, a mesinha com os cachimbos, o boné de abas levantadas, enfim, tudo...
-" Quer uma fotografia com o Dr. Watson?"
E quando eu, atabalhoada, me sentava no sofá, com a mala de mão ao colo, disse, ironica e suavemente:
-" A mala, não o Sherlock Holmes não ia gostar... Pode pôr o boné dele..."
-" A mala, não o Sherlock Holmes não ia gostar... Pode pôr o boné dele..."
E, pronto, aí está a tal fotografia!
Continuei a olhar em volta.
Num canto, uma vitrina com várias "armas do crime", revólveres, navalhas de ponta e mola enormes e até a faca que Jack o Estripador poderia ter utilizado, longuíssimo bisturi.
Na parede, uma nota sobre cães (só aparecem cães raivosos, agressivos nos livros, a não ser um cãozinho do Dr. Watson que se perde logo no princípio da história (ou o autor se "esquece" dele...), o ópio (Holmes era um fumador de ópio e drogava-se com cocaína, tomava substâncias estimulantes. Ali explicam como, naquela época, essas drogas eram usadas para fins "curativos", como anti-depressivos, tratamento para a neurastenia e outras doenças...); as substâncias e experiências químicas de Holmes; e a lupa e a sua utilidade quase miraculosa no método de Sherlock Holmes...
Enfim, tudo perfeito ...como nos crimes!
Deixo-vos com as fotografias...
Deixo-vos com as fotografias...
Também eu vibrei na Baker Street!! Comprei um porta-chaves (as libras não davam para mais) mas carreguei a alma de emoção!! Bom passeio
ResponderEliminarBeijinhos
Mais um ponto em comum entre nós...
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