quinta-feira, 31 de março de 2011
Não há 25 de Abril, no Parlamento? Então e a gaivota do poema do O' Neill?
segunda-feira, 28 de março de 2011
Loreena McKennitt e a "Lady de Shalott", de Tennyson (a canção é The Lady of Shalott (LIVE)
Foi a leitura do blog "Feira das Vaidades" que me lembrou de novo a lenda da "Lady of Shalott", o belo poema de Lord Tennyson.
Recordei a canção de Loreena Mackennitt que aqui vos deixo.
Associo também o nome da grande Agatha Christie e o seu “Mirror crack'd from face to face”, que refere a mesma lenda, que vai trazer a maldição à sua personagem...
Quem é Lord AlfredTennyson não preciso de lembrar, nem a escritora Agatha Christie...Deixo apenas umas palavras sobre a bela McKennitt.
Nasce (17 de Fevereiro de 1957) em Morden (Manitoba) no Canadá, descendente de irlandeses e escoceses. Em 1981 vai viver para Ontário. Cedo desenvolve uma paixão pela harpa céltica (Celtic harp) –que começa a tocar muito jovem- e pela world music (música folk, ou “ethnic music”), ligada a temas célticos ou medievais, tornando-se numa pianista, acordeonista, cantora e compositora...
A sua voz de soprano é muito bela. Ouçam-na.
http://www.youtube.com/watch?v=Zr_hhkY4Bnk http://www.youtube.com/watch?v=R5sSrYzzIKw
O poema de Alfred Tennyson fala da bela "Lady of Shalott", fechada no seu castelo, perto de Camelot, onde estava a Corte do Rei Artur.
"Willows whiten, aspens quiver,
Little breezes dusk and shiver
Through the wave that runs for ever
By the island in the river
Flowing down to Camelot.
Four grey walls, and four grey towers,
Overlook a space of flowers,
And the silent isle imbowers
The Lady of Shalott. "
Ela é um ser lendário que vive só numa ilha perto de Camelot, o reino do lendário Rei Artur.
A "Dama de Shalott" olha para o mundo que rodeia o seu castelo através de um espelho. Conhece apenas o reflexo desse mundo e vai tecendo o que vê, numa tapeçaria.
Foi proibida, pelo mágico que a criou, de olhar para o mundo fora do espelho.
Sabe da maldição que cairá sobre ela se olhar directamente para Camelot...
Um dia...
Georges Brassens, ou a liberdade, na Cité de la Musique, em Paris
http://www.youtube.com/watch?v=Lc8nnrawbI4
http://www.youtube.com/watch?v=R4YTPeNobjo
sábado, 26 de março de 2011
Como se fosse a última vez...
ENCONTRO: FRANK SINATRA E TOM JOBIM
http://www.youtube.com/watch?v=K1bVpbu8bXQ
http://www.youtube.com/watch?v=SQ9Uudu17o0
http://www.youtube.com/watch?v=6VCNIWmxaps
“Um dia em que tomava chope com amigos no mesmo bar celebrizado por Garota de Ipanema, Tom Jobim recebeu o mais surpreendente telefonema de sua vida.
Do outro lado da linha, ninguém menos que Frank Sinatra "The Voice” que queria gravar um disco só com músicas de Tom que topou na hora. Foi uma conversa curta:
O cantor sugeriu que Tom tocasse violão. Apesar de não gostar da idéia Tom aceitou.
- Não tenho tempo para aprender canções novas e detesto ensaiar. Vamos ficar com as mais conhecidas, os clássicos.
Quando se recuperou da surpresa, Tom lembrou-se da esnobada que um editor nova-iorquino lhe dera três anos antes envolvendo indiretamente a figura de Sinatra.
Em 1963, Tom procurou um agente em Nova York e reclamou com ele da má qualidade das versões americanas de suas músicas.
- Como é que o Frank Sinatra vai gravar minhas músicas com essas letras?, ponderou Tom.
Tom Jobim repassou todos os arranjos com Ogerman, compositor, arranjador e regente alemão, compôs mais duas músicas (“Wave” e “Triste”) e quase morreu de tédio.
Enquanto esperava um sinal de Sinatra, Tom escreveu várias cartas a Vinícius.
Numa delas autodefiniu-se como "um infeliz paralisado num quarto de hotel, esperando o chamado para a gravação, naquela astenia física que precede os grandes acontecimentos, vendo televisão sem parar e cheio de barrigose".
E assinava: "Astênio Claustro Fobim".
Por precaução, Sinatra gravou primeiro duas das três canções americanas incluídas no repertório, “Baubles, Bangles and Beads” e “I Concentrate on You”, com as quais só não tinha intimidade em ritmo de Bossa Nova.
A primeira de Tom que ele encarou foi “Dindi”, seguida de “Change Partners”.
A última faixa da noite foi “Inútil Paisagem”. Apesar do natural nervosismo do brasileiro a sessão transcorreu num clima de extrema afabilidade. Nas duas noites seguintes não seria diferente.
A crítica americana elegeu o encontro de Sinatra e Jobim o "álbum do ano".
Nas vendas perdeu apenas para “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” dos Beatles.
Àquela altura, Tom e o cantor já haviam se tornado amigos.”
sexta-feira, 25 de março de 2011
Policiais: Daniel Silva e "O Assassino Inglês"
Ainda nesse ano deixa os estudos e entra para a UPI a tempo inteiro, trabalhando primeiro em São Francisco e depois no desk dos Negócios Estrangeiros, em Washington. Finalmente, é nomeado correspondente do Médio Oriente, no Cairo.
Tudo isto lhe permite um conhecimento dos problemas do Médio Oriente, tantas vezes presentes nos seus livros.
A maior parte dos seus romances focaliza uma realidade polémica: a dos judeus por todo o mundo, os atentados islâmicos contra Israel ou acontecimentos ligados à II Grande Guerra ou ao "Holocausto".
Daniel Silva trabalha, desde Janeiro de 2009, no Holocaust Memorial Museum, dos Estados Unidos.
“Com o tempo, fico mais sensível aos valores da lealdade e fidelidade. E à família. Essa é a minha herança portuguesa. Vivi numa comunidade de pescadores portugueses, imigrantes dos Açores, em Massachusetts, e aprendi com eles o valor do trabalho duro, da solidariedade e da esperança”.
O herói das suas histórias mais recente (anteriormente era Michael Osbourne) é um restaurador de arte, espião e por vezes assassino, chamado Gabriel Allon.
Gabriel Allon aparece em 9 dos seus romances, entre os quais, “O Assassino Inglês”, “O Confessor”, “Príncipe de Fogo”, etc.
História cheio de peripécias, onde o herói Gabriel Allon vai defrontar um assassino que ele próprio ajudara a treinar...
Devo dizer que a tradução de Vasco Teles de Menezes é muito boa.
Obras do autor
(publicadas na maioria pela Bertrand Editora, mas também pelo Círculo dos leitores -"As regras de Moscovo")
Série Gabriel Allon:
quinta-feira, 24 de março de 2011
Um Prémio para o meu blog
É sempre uma grande alegria "ter algum reconhecimento" e muito agradável que sejam os colegas bloguistas a reconhecer alguma validade, criatividade (neste caso) ou seriedade suficiente para o "premiar"...
Escrever um blog tem muito de "satisfação do ego" e isso às vezes enerva-me, pois percebo que caio nessa auto-satisfação: é bom sentir que "me ouvem", ver que às vezes me apreciam, que há sintonias...
Depois destas palavras de dúvida e de "justificação"- tenho uns "trabalhos" a fazer:
1. Escolher 10 blogs a quem passar o "Kreativ".
Aqui vai a minha escolha:
http://viajarpelaleitura.blogspot.com/ - sempre a par dos livros...
http://www.estantedelivros.com/ - o prazer dos livros
http://quantotempotemotempo.blogspot.com/ -sem tempo, sempre com interesse
http://acasaimprovavel.blogspot.com/ - onde a poesia se esconde
http://dona-redonda.blogspot.com/ - sensibilidade e bom senso
http://jazzseen.blogspot.com/ - um bom Jazz, sempre, um senhor que sabe de jazz
http://carlotapiresdacosta.blogspot.com/ - a juventude de um blog romântico e sensível
http://cildemer.blogspot.com/ - "cil de mer" ou a saudade do mar de Portugal
http://feira-das-vaidades-mil.blogspot.com/ - tanta coisa a descobrir: os espelhos!
http://memoriasimagens.blogspot.com/ - bom gosto, beleza, arte
2. Avisar os bloguistas "premiados": assim que "publicar" o "post, aviso-os!
* Música
* Livros
* Amigos
* Café
* Mar
* Silêncio
* Conversas
* Dormir
* O azul
Histórias da Casa Amarela: O monte de Turquinos, no Alentejo
“Vivíamos nessa altura numa aldeia que se chamava Sabóia, perto de Santa Clara, no limiar entre o Alentejo e o Algarve”, contava-me ela.
Ria-se.
O meio de transporte comum era a carroça. E as pernas...
“E lá íamos a abanar, desde Odemira. Via-se o rio e era bonito. O pior era o calor!”
A caminho de Turquinos, o montinho onde iam viver. Oliveiras e sobreiros, searas amarelas, campos queimados pelo sol ardente...
Eu pensava nos versos de Régio...
“ cercada de serras, ventos, penhascos, oliveiras/ e sobreiros...”
Sorriu, a lembrar-se.
“Partia ao nascer do sol e voltava ao fim do dia, já o sol se tinha posto. Sempre com a mesma alegria, a contar histórias para me distrair...”
E continuou a contar.
“Um dia, parecia-me que ele nunca mais voltava, o pôr-do-sol estava já ali em cima, e decidi ir esperá-lo à curva do caminho, lá em baixo. Depois fui andando...”
Mas a noite caiu de repente, e a curva do caminho era sempre mais adiante.