Quando recebeu o César pela sua actuação no filme de Lelouch Les Misérables, comove-se, chora.
E diz: "Peut-être... Je dis bien "peut-être"... je ne suis pas encore morte"...
Uma ovação abafa-lhe as palavras...
Sem querermos, passam diante dos nossos olhos, estas belas imagens dos seus filmes.
"Rocco" (ela é que é grande neste filme, um tanto falhado, de Visconti); "Les gauloises bleus"; "Tendre Poulet" etc etc etc.
Com ela, os rostos (mortos) imortais de Bruno Cremer, Philippe Noiret, Lino Ventura, seus companheiros de "aventuras" hoje também desaparecidos - e nunca substituídos...
Não, Annie Girardot, ainda "não estás morta"!
Porque os grandes como tu não morrem.
Ou, talvez, "peut-être" como tu dizias, e tout simplement...as pessoas que amamos nunca morrem!
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