sexta-feira, 25 de março de 2011

Policiais: Daniel Silva e "O Assassino Inglês"

Daniel Silva nasce no Michigan em 1960, (de família judaica, mas é educado por um casal de imigrantes portugueses nos EUA, açorianos) e é um dos autores que mais vende hoje na América.

É autor de 13 romances de espionagem e thrillers.

O seu último romance -saído em Julho de 2010 (ignoro se saiu mais algum) chama-se The Rembrandt Affair e tornou-se num best-seller.

Quando fazia um master em Relações Internacionais, teve um convite da United Press International para fazer a cobertura da Convenção Democrática, em São Francisco, em 1984.

Ainda nesse ano deixa os estudos e entra para a UPI a tempo inteiro, trabalhando primeiro em São Francisco e depois no desk dos Negócios Estrangeiros, em Washington. Finalmente, é nomeado correspondente do Médio Oriente, no Cairo.

Em 1987, é correspondente na Guerra Irão-Iraque.

Tudo isto lhe permite um conhecimento dos problemas do Médio Oriente, tantas vezes presentes nos seus livros.

A maior parte dos seus romances focaliza uma realidade polémica: a dos judeus por todo o mundo, os atentados islâmicos contra Israel ou acontecimentos ligados à II Grande Guerra ou ao "Holocausto".

Daniel Silva trabalha, desde Janeiro de 2009, no Holocaust Memorial Museum, dos Estados Unidos.

Com o tempo, fico mais sensível aos valores da lealdade e fidelidade. E à família. Essa é a minha herança portuguesa. Vivi numa comunidade de pescadores portugueses, imigrantes dos Açores, em Massachusetts, e aprendi com eles o valor do trabalho duro, da solidariedade e da esperança”.

O herói das suas histórias mais recente (anteriormente era Michael Osbourne) é um restaurador de arte, espião e por vezes assassino, chamado Gabriel Allon.

Gabriel Allon aparece em 9 dos seus romances, entre os quais, “O Assassino Inglês”, “O Confessor”, “Príncipe de Fogo”, etc.

Vou-me referir apenas ao livro que li há pouco, “O Assassino Inglês” (traduzido e editado pela Bertrand, colecção 11/17 “best-seller”, 2008).

A acção desenrola-se na Suíça e envolve a participação “neutral” de um país que se revela afinal comprometido com a Alemanha Nazi, nos seus mais íntimos segredos: o comércio das obras de Arte, confiscadas aos judeus por toda a Europa e depositadas pelos alemães nos cofres secretos dos bancos suíços.

História cheio de peripécias, onde o herói Gabriel Allon vai defrontar um assassino que ele próprio ajudara a treinar...

Devo dizer que a tradução de Vasco Teles de Menezes é muito boa.

Obras do autor

(publicadas na maioria pela Bertrand Editora, mas também pelo Círculo dos leitores -"As regras de Moscovo")

Série Gabriel Allon: 1. Artista da Morte; 2. O Assassino Inglês; 3. O Confessor; 4. Morte em Viena; 5. Príncipe de Fogo

6. A Mensageira; 7. O Criado Secreto; 8. Moscow Rules; 9. The Defector

Série Michael Osbourne:

1. A Marca do Assassino
2. The Marching Season





5 comentários:

  1. Não conhecia esse autor português. A próxima vez que vou a Portugal (talvez este ano?)vou comprar um ou dois. E ao prazer de ler, ver se não me esqueci muito da minha materna;o)

    ResponderEliminar
  2. Vale a pena ler pelo menos um. Este tinha imensa acção, aventuras e estava bem escrito e bem traduzido. Mas não é português, apesar do apelido SILVA: é americano...

    ResponderEliminar
  3. há quem compare Daniel Silva a Graham Greene. Eu comecei a lê-lo há relativamente pouco tempo e gostei muito.
    É uma excelente proposta para leitura.

    Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Fico contente por ter gostado. Foi o único livro dele que li, mas achei muito bem escrito, prende o leitor...
    O Graham Greene é melhor, gosto imenso dele! lembra-se do "Brighton Rock"? (falo deste porque me impressionou mais). E os outros...
    Obgd por ter vindo.
    Bom domingo!

    ResponderEliminar
  5. Ainda não li nada dele. Vou ver se arranjo um dos livros dele :)

    ResponderEliminar