Nasceu em Alexandria (Egipto) em 3 de Maio de 1934, o seu nome verdadeiro era Giuseppe Mustacchi.
A família vinha de Corfu, e eram judeus gregos. Falavam uma língua misto de hebraico e italiano (os italkim, "italianos", ou Bené Roma, “filhos de Roma” existem desde há 2000 anos naquela cidade.
Daí que a sua vida decorra num ambiente especial, de várias culturas: um meio judaico, grego, italiano, árabe e francês!
Interessa-se pela literatura muito cedo e pela canção francesa. Admira Edith Piaf acima de todos os outros!
Vai para Paris, em 1951, e tem de fazer os mais diversos trabalhos, de jornalista a criado de piano-bar e aí começa a encontrar personalidades ligadas à música.
Ouve cantar o grande e inimitável Georges Brassens, verdadeira descoberta para ele.
Vai escolhê-lo como seu mestre: até usa o nome de Georges como pseudónimo artístico, por causa de Brassens, ele que se chamava Giuseppe.
Encontra Piaf que o apoia e com quem vive uns anos. Para ela, escreve muitas canções, como Milord, por exemplo.
Nos anos 60, aliás, vai escrever canções para todos os grandes cantores franceses do momento, desde Henri Salvador, a Yves Montand,passando por Juliette Gréco.
E, em especial, para Serge Reggiani: as canções “Sarah”, "Ma solitude”, Ma Liberté - que Reggiani canta tão bem- foi ele quem as escreveu.
Também, para Barbara, La dame Brune.
Em 1968, compõe a canção que o vai tornar famoso: “Le Méthèque” (o estrangeiro). Era uma balada romântica sobre um estrangeiro sonhador, vagabundo, um pouco etéreo e desprendido...
Depois, começa o sucesso, os concertos no Bobino e a sua carreira arranca.
Descobri que a sua divisa era: “o homem descende do sonho” (« l'homme descend du songe”) e gostei...
Le Métèque
Avec ma gueule de métèque
De juif errant, de pâtre grec
Et mes cheveux aux quatre vents
Avec mes yeux tout délavés
Qui me donnent un air de rêver
Moi qui ne rêve plus souvent
Avec mes mains de maraudeur
De musicien et de rôdeur
Qui ont pillé tant de jardins
Avec ma bouche qui a bu
Qui a embrassé et mordu
Sans jamais assouvir sa faim
Avec ma gueule de métèque
De juif errant, de pâtre grec
De voleur et de vagabond
Avec ma peau qui s'est frottée
Au soleil de tous les étés
Et tout ce qui portait jupon
Avec mon cœur qui a su faire
Souffrir autant qu'il a souffert
Sans pour cela faire d'histoires
Avec mon âme qui n'a plus
La moindre chance de salut
Pour éviter le purgatoire
Avec ma gueule de métèque
De juif errant, de pâtre grec
Et mes cheveux aux quatre vents
Je viendrai ma douce captive
Mon âme sœur, ma source vive
Je viendrai boire tes vingt ans
Et je serai prince de sang
Rêveur ou bien adolescent
Comme il te plaira de choisir
Et nous ferons de chaque jour
Toute une éternité d'amour
Que nous vivrons à en mourir
Et nous ferons de chaque jour
Toute une éternité d'amour
Que nous vivrons à en mourir.
Serger Reggiani
Gosto da música desta época.
ResponderEliminarAdoro a inigualável Edith Piaf e esta canção do Georges Moustaki... faz bater mais forte o coração.
Foi bom ouvir.
Um beijinho
Isabel
Gosto muito desta música. Já não a ouvia há uns tempos. Foi bom reviver!
ResponderEliminarGostei de ler este post.
Muito obrigada!
Beijinhos!:)